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Perfil de Goiás é propício para nova tendência | 25.10.16 - 14:23
Locadoras também oferecem serviços de manutenção dos veículos (Foto: Renato Conde / Jornal A Redação)
Mônica Parreira
Goiânia – Uma tendência mundial chega ao Brasil com a promessa de enxugar gastos e otimizar o tempo nas empresas de pequeno, médio e até grande porte. Trata-se da terceirização de frota, uma alternativa economicamente viável quando o assunto é transporte. De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), a contratação do serviço pode refletir em uma economia de até 25%.
Censo da Abla mostra o avanço do setor. Segundo as estatísticas, no ano passado 56% dos 853 mil veículos das locadoras (aproximadamente 477 mil) estiveram a serviço de pessoas jurídicas, via terceirização de frotas.
“Em 2014, esse número era de 440 mil veículos. Levando em consideração que a frota própria de pessoas jurídicas é aproximadamente 20 vezes maior que o total de veículos usados atualmente na terceirização, esse seria o potencial de crescimento no Brasil”, diz o presidente do Conselho Nacional da Abla, Paulo Nemer (foto ao lado).
Paulo explica que o momento de crise econômica leva empresários a procurarem pela terceirização. No caso de quem já possui frota própria, a alternativa mais usual tem sido comercializar os veículos, liberando recursos para o caixa e para a atividade fim da empresa.
"A terceirização evita um investimento inicial alto para a compra dos carros, transfere a depreciação para as locadoras, evita os geralmente altos gastos com manutenção preventiva e corretiva, assim como os custos com licenciamento e seguro, entre outros itens", informa.
Inovação em Goiás
Segundo Censo da Abla, a procura pelo serviço em Goiás segue a tendência nacional. Há aproximadamente 90% de empresas com frota de veículos próprios e somente 10% com veículos terceirizados, o que, segundo a associação, representa um grande potencial de investimento.
A abertura de possibilidades envolvendo o setor privado despertou o interesse de quem fornece a terceirização de frotas na região Centro-Oeste. A goiana ITA Transportes, por exemplo, optou por um reposicionamento no mercado para alcançar clientes que querem abrir mão da própria frota para contratar o serviço. A meta da ITA é que, até em 2018, pelo menos 10% da clientela seja formada pelo setor privado.
Diretor executivo da ITA Transportes, Márcio Palmerston diz que o método utilizado para alcançar empresários é baseado em números. “Estamos oferecendo diagnósticos. É um trabalho de mapeamento para avaliar a forma como a empresa utiliza seus veículos e o gasto que isso representa por mês. Apresentamos cálculos reais e fazemos a projeção do investimento necessário em caso de terceirização. A economia fica evidente”, explica.
ITA compra mais de 500 veículos por ano (Foto: Renato Conde/A Redação)
“A cultura de posse está dando espaço à cultura de uso. Gasta-se muito tempo com atividade meio, que é o transporte, ao invés de focar na atividade fim da empresa. O que oferecemos vai além da locação pura e simples o que, por si só, já otimiza o tempo das empresas. Temos também um departamento de inteligência da logística, que cuida da gestão da frota contratada, além de monitoramentos via GPS e roteirizador”, completa Márcio.
A ITA Transportes atua no mercado há 46 anos. Atualmente possui 1.800 veículos e 850 funcionários. Além de Goiás, abrange o Distrito Federal e Mato Grosso. Conforme diz o diretor, a empresa está preparada para atender os mais diversos segmentos, desde o ramo de farmácia até construtoras, atacadistas, agropecuaristas, rádios e TVs.
Muito interessante, a terceirização pode ser um bom negócio tanto para o cliente quanto para o empresário que foca nessa modalidade.
Para aqueles que atuam com transporte rodoviário de cargas, eu escrevi um artigo completo sobre o tema, que pode auxiliar no entendimento:
http://fretecomlucro.com/terceirizacao-de-frota/
Abraço.
Ed
“Em 2014, esse número era de 440 mil veículos. Levando em consideração que a frota própria de pessoas jurídicas é aproximadamente 20 vezes maior que o total de veículos usados atualmente na terceirização, esse seria o potencial de crescimento no Brasil”, diz o presidente do Conselho Nacional da Abla, Paulo Nemer (foto ao lado).
