Rafael Zelmann
Goiânia - O investimento em energias renováveis já é uma grande realidade no cenário brasileiro: atualmente cerca de 86% vem de fontes renováveis. Porém apenas 0,01% são de energia solar. A previsão é que até em 2024 ocorra um aumento de 20% deste mercado ainda pouco explorado. A empresa goiana AWR Tecnologia Solar está investindo pesado na tecnologia e já é referência no cenário nacional.
Fundado em abril de 2015, o grupo é formado pelo engenheiro civil Rodrigo Alves e os arquitetos Athos Rios e Walter Garcia. “O mercado mundial está investindo. A conscientização da população sobre o uso de energia limpa e renovável é uma necessidade”, diz Rodrigo.
Engenheiro formado pela Universidade Federal de Santa Catariana (UFSC) e mestre em energia solar fotovoltaica, Rodrigo trabalhou na renomada empresa de energia solar alemã Steca, que trabalha com todos os tipos de estrutura, desde casas residenciais a indústrias de grande porte.
“A Alemanha é um dos berços da tecnologia de energia solar e desde essa época (quando trabalhava na Steca) esperava um momento oportuno no Brasil. Não é uma tecnologia barata, mas é viável”, diz o engenheiro.
O momento oportuno referido por Rodrigo é a Resolução Normativa 482 de 2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece condições gerais para a conexão à rede da microgeração e minigeração distribuída no Brasil, criando o Sistema de Compensação de Energia. Este permite que sistemas fotovoltaicos se conectem à rede elétrica de forma simplificada, atendendo o consumo local e injetando o excedente na rede, gerando créditos de energia.
Em outras palavras, a partir da instalação do sistema é possível uma redução de até 95% da conta de energia. Os outros 5% são de taxas obrigatórias impostas pela companhia de luz.
Sistemas Monofásicos (30kw/h) = R$ 24
Bifásicos (50kw/h) = R$ 45
Trifásicos (100kw/h) = R$ 80
"São sistemas conectados com a rede onde cada usuário gera sua própria energia. Ao todo, Goiás é uma região muito privilegiada no Brasil. Faz sol o ano inteiro", diz Rodrigo, que possui a tecnologia em sua própria residência.
Tecnologia aplicada a residência (Foto: arquivo pessoal)
Energia fotovoltaica
A tecnologia trata-se de energia elétrica produzida a partir de luz solar, que pode ser adquirida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a radiação solar, maior será a quantidade de eletricidade disponível.
Primeiramente é feita a análise do consumo para descobrir a necessidade de cada cliente. Em seguida há o fornecimento de material, que chega entre 30 e 45 dias. Uma vez com o material em mãos, ocorre a instalação de imediato.
O processo para dar entrada na Celg, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deve ser de até 120 dias. O sistema começa a funcionar de fato a partir da homologação.
(Foto: arquivo pessoal)
Investimento
Os valores variam de acordo com o consumo de cada cliente. Em uma conta residencial em torno de R$ 300 mensais, por exemplo, há um investimento de R$ 20 mil para instalação do sistema e homologação com a Celg.
Vale lembrar que cada CPF ou CNPJ pode usar a mesma instalação para redução de contas de energias para diferentes propriedades que estejam sob os mesmos titulares.
Entre as vantagens, Rodrigo cita a redução de conta de energia elétrica, valorização do imóvel, geração própria por mais de 25 anos e pouca manutenção.