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Mercado Municipal de Goiânia reúne história e tradição

Espaço recebe mais de três mil clientes ao dia | 17.06.16 - 11:08 Mercado Municipal de Goiânia reúne história e tradição (Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)Kamylla Rodrigues 

Goiânia -
Cores e sabores. Aromas e texturas. Sons e formatos. De tudo um pouco bem exposto em quase sete mil metros quadrados compartilhados por mais de 100 comerciantes, que fazem do Mercado Municipal de Goiânia, no Centro da Capital, um ponto turístico, histórico e rústico no meio de gigantes de aço. 
 
Os primeiros empreendedores engajados no próprio negócio dentro do Mercado datam a fundação do local em 1942 ou 1947. Já a prefeitura diz que foi mesmo em 1950. Mas esses anos de diferença não impedem o mergulho dos clientes nas memórias do mais antigo mercado de Goiânia. Ele começou a funcionar no espaço que hoje abriga o prédio do Pathernon Center. Depois passou pela Rua 4 e se estabeleceu definitivamente, em 1986, na Rua 3.
 
Mas o mercado não é constituído só de passado. Ele vive e atualmente recebe mais de três mil clientes por dia, de acordo com a Associação dos Permissionários do Mercado Municipal de Goiânia.
 
De cada lado, em cada canto, infinidades de produtos. Bordados em tapete, panos de prato, bolsas e roupas. Artesanato em barro, biscuit e madeira. Brinquedos como o pião, que fizeram a felicidade de crianças da década de 70 e que hoje são mais vistos nos ecrãs, ainda estão ali à espera de um resgate. Peças produzidas por mãos goianas e vasos de todas as partes do País. 

  
(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)


(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
Palha, bambu, capim dourado e folha de coqueiro também ganham forma de cestas, vasos, chapéus e bijuterias. “Tenho muita coisa daqui. Acho que pelo menos um produto de cada banca. Minha casa é quase uma extensão do Mercado. A diferença básica é que eu não vendo nada”, brincou Amélia Silva, de 56 anos, moradora do Centro há 30.

  
(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
O cheiro do couro evidencia a matéria prima de sandálias, botinas e sapatos da loja de Gabriel Pereira da Silva, presidente da Associação dos Permissionários do Mercado. Os calçados ficam expostos, à vontade para o cliente “ver com as mãos”.

“A maioria dos comerciantes daqui mantém a tradição da banca sem vitrines justamente para aproximar o comprador do vendedor. A nossa identidade é diferente daquela dos shoppings, lojas e outros comércios de Goiânia. Somos os mais antigos e por isso precisamos preservar essa forma rústica, pessoal e calorosa de atender, que sempre fez toda diferença”, ressaltou.

Para Gabriel, manter o comércio não é trabalho, mas sim uma paixão antiga. "Eu estou aqui há mais de 30 anos e aqui é meu lar. É minha cozinha, minha sala, meu espaço de convivência. Foi trabalhando aqui dentro do mercado que eu casei, tive filhos, os criei e hoje percebo que minha história é a história do mercado também", acrescentou o presidente. 


(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
No Mercado Municipal também é fácil cruzar o caminho com bancas de produtos fitoterápicos, naturais, suplementos e ervas medicinais, como o Funcho, planta vulgarmente conhecida como erva doce e uma das mais vendidas na banca de Olavo Pereira. “É um santo remédio para bronquite e cólicas dos recém-nascidos”, explicou.

A raiz da planta Carapiá também tem demanda alta pelos relatos de cura de sinusites. "Melhor que muito spray vendido por aí", garantiu Olavo. Na banca dele há plantas, raízes, folhas e sementes para qualquer tipo de doença. "Aqui até a medicina convencional se impressiona. Doutor nenhum desbanca o poder da natureza. A fé também ajuda", defendeu e recomendou Olavo, terapeuta por formação e raizeiro de coração. 


Olavo Pereira (Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
E os visitantes não podem se despedir do espaço nostálgico sem desfrutar dos diversos sabores do Mercado. Doces caseiros, queijo, farináceos, especiarias, pimentas, cachaças e a referência gastronômica do espaço: a empada de Alberto, um dos comércios que nasceram junto com o Mercado.

“Eu vim aqui com minha mãe há uns sete anos para experimentar essa delícia e hoje eu estou voltando com a minha filha de cinco. Ela adorou e é incrível como o sabor dessa empada continua o mesmo. Dá uma sensação boa, de estar em casa mesmo”, relatou Andressa Viana, goianiense que mora em Tocantins.


(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
O Mercado Municipal tem peculiaridades que saltam de formas diferentes aos olhos de cada um. Textos e fotos não se comparam com a experiência de sentir e saborear. O local fica aberto de segunda à sexta-feira das 7h às 18h, sábado das 7h às 15h e domingo das 7h até meio dia. Para o goianiense que ainda não conhece e mesmo quem está de passagem pela Capital, vale a pena conhecer, revisitar, se encantar e encontrar gerações. 


Mara Garrote e a neta Laura Garrote de 10 meses. Psicóloga levou a neta para conhecer o mercado (Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)


Doces caseiros (Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
 
(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)
 
 
(Foto: Kamylla Rodrigues/A Redação)

 

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