Violinista da Filarmônica de Goiás é aprovado na Manhattan School of Music

 

O anúncio da aprovação no processo seletivo foi muito comemorado pelo goiano que, conforme afirmou em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, se dedicou muito para alcançar o resultado. “A Manhattan School of Music é a maior e mais respeitada instituição do segmento. É uma grande alegria”, disse.

 

Bastante orgulhoso por poder representar Goiás e o Brasil, Thierry explica que chegar à renomada escola de música foi um processo de muito esforço. 

 

“Mandei vídeos com apresentações minhas e, depois dessa fase, eles chamam os que passam para a próxima etapa. Fui um dos três mil convocados para participar de uma audição ao vivo, realizada no início deste ano. Voltei para Goiânia sem resposta e só agora, consultando meu processo junto ao sistema da instituição, vi que fui selecionado”, conta o violinista goiano, que já venceu o concurso Jovens Solistas em Goiás no ano de 2014. 
 

Thierry no concerto de premiação do concurso jovens solistas da Filarmônica de Goiás ao lado do maestro e diretor artístico Neil Thomson (Foto: divulgação)

 

O último brasileiro aprovado para a Manhattan School of Music foi o violinista carioca Daniel Guedes, há 20 anos. “O último brasileiro já tem muito tempo, mas nunca na história um goiano havia sido chamado. Isso me deixa ainda mais orgulhoso”, acrescenta. 

 

O bom desempenho de Thierry na audição ao vivo rendeu a ele uma bolsa de estudos oferecida pela própria instituição. Graças à nota alcançada na apresentação, o violinista nascido na capital goiana terá um desconto de 70% no valor anual do curso, que chega a US$ 42 mil. “Mas preciso de ajuda para pagar o valor restante e para me manter lá. Essa será minha grande dificuldade”, revela. Thierry já entrou em contato com alguns músicos goianos e com empresários que possam ajudá-lo, por meio de patrocínio, a dar continuidade aos estudos (e-mail de contato: thierrydelucas@gmail.com). 

 

Inspiração

Nascido em Goiânia, Thierry de Lucas Neves teve dentro de casa suas maiores inspirações na música. “Meu pai é trompista, toca atualmente na banda do Corpo de Bombeiros de Goiás, e meu tio também é músico. Foi meu tio, inclusive, que me deu meu primeiro violino”, lembra. 

 

Para o violinista, apesar do espaço já conquistado em Goiás e no Brasil, a música clássica ainda merece mais destaque. “Em Goiás, a Orquestra Filarmônica tem exercido papel fundamental na divulgação da música de concerto. Acredito que agora, com a minha ida para a Manhattan School of Music, nossa música clássica tenha ainda mais visibilidade”, completa.