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Pianista brasileiro

Arnaldo Cohen: “A cultura tem um poder transformador enorme”

Músico se apresenta nesta sexta, no CCON | 26.08.16 - 15:01 Arnaldo Cohen: “A cultura tem um poder transformador enorme” Arnaldo Cohen (Foto: divulgação)
Yuri Lopes
 
Goiânia – O papel da cultura não é apenas entreter e preservar costumes dos nossos antepassados, mas promover a evolução das sociedades, torna-las mais honestas e tolerantes. É o que acredita o pianista brasileiro Arnaldo Cohen, que se apresenta com a Orquestra Filarmônica de Goiás nesta sexta-feira (26/8), a partir das 20h30, no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), com entrada gratuita.
 
Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, Arnaldo, que vai apresentar o Concerto nº 2 para Piano e Orquestra de Liszt, falou sobre a lei federal de incentivo à cultura (Lei Rouanet), da importância de manter investimentos em projetos culturais de longa duração e elogiou a qualidade da Filarmônica de Goiás, o que, segundo ele, é o terceiro “filhote” da experiência vitoriosa da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
 
Arnaldo já morou em Londres, na Inglaterra, e atualmente reside em Indianápolis, nos Estados Unidos, onde é professor na Indiana University. Ele também comentou sobre a facilidade de acesso à cultura proporcionado pela globalização e pela internet. “O mundo se tornou menor, tudo está mais perto, e isto permitiu mais facilidade na hora de aprender sobre qualquer assunto”, comentou.
 
“Facilitar o acesso ao conhecimento fez com que a concorrência aumentasse, uma vez que a oferta de trabalho continua a mesma, mas a quantidade de pessoas qualificadas cresceu bastante, o que, de certa forma, também é positivo”, declara o pianista de 68 anos. O carioca que já realizou mais de 2 mil concertos em países como França, Holanda e Austrália, sugere que quem quiser muito seguir carreira em outros deve participar e ganhar concursos internacionais.
 
Fomento
Arnaldo criticou o fato de apoio da Lei Rouanet a espetáculos de cunho comercial que possuem clara capacidade de retorno financeiro. “Não tem cabimento subsidiar projetos comerciais que conseguem retorno fácil, como Cirque du Soleil e musicais adaptados da Broadway”, diz.
 
Investimento perene
Quando chegou a Goiânia para ensaiar com a Filarmônica, Arnaldo ficou surpreso com a qualidade dos profissionais da orquestra, mantida pelo Governo de Goiás. “É muito difícil chegar na qualidade que a Filarmônica daqui conseguiu atingir. Esta conquista só é possível graças a investimentos constantes por parte dos líderes políticos”. Arnaldo fez questão de ressaltar o trabalho desempenhado pela superintendente da Filarmônica, Ana Elisa Santos Cardoso.
 
Esperançoso, Arnaldo disse que espera que os políticos tenham consciência de que é de extrema importância acreditar no potencial transformador da cultura. “Espero que o exemplo de Goiás seja disseminado por todo o Brasil. Este processo de fomento de ações culturais não pode ser abandonado por questões de mandatos e partidos”, finalizou.
 
 
 
 

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