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Entrevista

Rogério Flausino: 'Sou fã do Black Drawing Chalks'

Jota Quest traz turnê de aniversário à Capital | 11.08.11 - 01:11 Rogério Flausino: 'Sou fã do Black Drawing Chalks' Foto: divulgação.


Raisa Ramos

Eles começaram há quinze anos como um grupo de black music. Hoje, debutante, o Jota Quest está bem diferente do que costumava ser, apostando mais em baladas e composições oitentistas. Aos críticos saudosistas, o vocalista Rogério Flausino responde com segurança: "Não gosto dessa postura. Ficamos sete anos fazendo o mesmo tipo de música, depois quisemos fazer algo diferente. Se fôssemos uma banda de groove até hoje, com certeza tínhamos nos separado". Vestindo blusa rosa-choque e um par de tênis All Star que há tempos não vai para o tanque, o artista concedeu entrevista à imprensa na manhã da última quarta-feira (10/8).

Ainda na defesa do perfil Pop da banda, o líder do quinteto mineiro que se apresenta neste sábado, a partir das 22 horas, no Sol Music Hall, disse gostar de vários estilos musicais, do eletrônico à MPB, incluindo rock independente, como é o caso dos goianos do Black Drawing Chalks (BDC). "Sou fã demais dos caras. Aqueles moleques são muito bons", revelou. Rogério conheceu o grupo durante uma apresentação dos meninos em Belo Horizonte e ficou surpreso com a música que ouviu. "Eu não sabia que eles eram de Goiânia, aquele monte de cabeludo tocando guitarra", riu. "O BDC é muito legal. Rock'n'roll pueril mesmo", elogiou o vocalista. 
 
Rogério Flausino é o exemplo clássico da mineiridade. De fala boa e arrastada, humilde mas sem deixar a confiança de lado, o músico fez um balanço positivo da carreira do Jota Quest, mesmo admitindo alguns equívocos no caminho. "Tivemos alguns erros comerciais. Mas o importante não é discutir qual disco deu certo e qual deu errado, é perceber que o conjunto inteiro deu certo".
 
Álbum
Quinze, assim, escrito por extenso mesmo, é o álbum recém-lançado do Jota Quest. Em comemoração ao aniversário do grupo, o quinteto queria, no começo, fazer uma coletânia de - claro - quinze músicas que fizeram sucesso durante esses anos. Os integrantes depois perceberam que esse número não seria suficiente para fazer jus à grandiosidade da banda. Resolveram então montar um disco duplo, com trinta faixas, sendo três inéditas e três raridades. Para tornar o momento ainda mais especial, outros cantores de peso foram convidados para participar da turnê de aniversário. Independente da cidade que eles vão, o grupo leva convidados.
 
Pitty, Otto, Legião Urbana e Seu Jorge já subiram ao palco com os mineiros. Na Capital goiana, é a vez de Paulo Miklos, dos Titãs, e de Sandra de Sá cantarem com a banda. Ao saber que a Blitz, grupo liderado por Evandro Mesquita, vai se apresentar em Goiânia no mesmo dia e horário do Jota Quest, Flausino vibra e lamenta simultaneamente: "Não acredito! O Evandro é um dos cotados para fazer parceria com a gente também. Será que não dá para mudar os horários?", perguntou olhando para sua equipe de trabalho. Um não sentido foi a resposta que o vocalista teve.
 
Internacional
Fazer carreira no exterior é o sonho de muito artista brasileiro. No fim de 2010, o grupo lançou um álbum exclusivamente feito para a Argentina. Intitulado "Dias Mejores", o disco é a versão em espanhol dos maiores sucessos do Jota Quest e conseguiu agradar o público lá fora. A faixa "Na Moral", por exemplo (falada com um "L" mais acentuado para diferir do português), atingiu o primeiro lugar do ranking de músicas estrangeiras no país hermano, feito bastante louvável, tendo-se em vista a dificuldade que os brasileiros têm de emplacar hits nas rádios gringas.
 
Flausino fez questão de aprender a cantar em espanhol e justifica a necessidade: "A língua realmente é uma barreira intransponível. As pessoas não entendem as letras e fica difícil de sermos aceitos no exterior. A única banda brasileira que realmente fez sucesso lá fora chama-se Paralamas do Sucesso e foi cantando em espanhol". A banda de Herbert Vianna é hoje uma das maiores referências musicais para o grupo de Minas.
 
Rock in Rio
Atleticano apaixonado, Rogério está ansioso para o Rock in Rio deste ano, festival em que se apresenta em duas ocasiões: à frente do Jota Quest e fazendo uma participação especial em tributo ao Legião Urbana. "É um tributo sinfônico ao Legião. Vários artistas vão participar e eu tive a honra de ter sido convidado para cantar uma das músicas", explica.
 
O vocalista, que foi na segunda edição do festival, no fim dos anos 1980, não vê a hora de setembro chegar: "Já alugamos um apartamento na Barra da Tijuca. Vou tirar férias nesse período!", diverte-se. Jamiroquai, Steve Wonder, Coldplay e Red Hot Chilli Peppers são as atrações que o vocalista mais quer ver. Na primeira vez que foi ao evento, a performance de Axl Rose, líder do Guns N' Roses, surpreendeu Rogério. Perguntado se a apresentação do cantor estadunidense vai ser tão boa desta vez quanto foi há anos atrás, Flausino faz piada: "Se ele aparecer pelo menos, já vai ser bom!".
 
Axl Rose pode correr o risco de, mais uma vez, deixar o público esperando. Mas o Jota Quest não vai perder a experiência de tocar em um dos festivais mais importantes do mundo. Felizmente para os goianos, antes de relaxar nas areias do Rio de Janeiro, a banda se apresenta por aqui neste sábado.
 
Serviço:
Show Jota Quest - Quinze anos
Participações especiais: Paulo Miklos e Sandra de Sá
Data: 13/8, sábado
Horário: 22 horas
Local: Sol Music Hall (Av. Quitandinha, n°600, Setor Jaó, Anexo ao Clube Jaó)
Ingressos: Camarote Open Bar - R$ 80 para homens e R$ 60 para mulheres; Área VIP Open Bar - R$ 50; Pista - R$ 35
Pontos de venda: Tribo do Açaí, Rival Calçados, Loja Sete Mares (Buriti Shopping) e Aramis (Shopping Flamboyant)

Comentários

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  • 03.09.2011 19:40 Mario

    Já passou

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