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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Cerveja em estádio não provoca violência

Álcool pode ser permitido a partir de março | 31.01.12 - 11:14

Li hoje a notícia de que a venda de bebidas alcoolicas nos estádios brasileiros pode ser autorizada a partir de março. Isso acontecerá caso a Lei Geral da Copa seja aprovada no Senado e na Câmara Federal, o que é provável que se concretize. Dentre os vários pontos em que cabe o questionamento nessa legislação de exceção para o evento esportivo, a decisão de permitir a comercialização nas arquibancadas é positiva. A verdade é que a cerveja nunca foi a culpada pela violência dentro dos estádios, sejam eles brasileiros ou do restante do planeta.

 

A Inglaterra conseguiu conter a barbárie dos hooligans sem a proibição. Hoje, a venda ocorre somente nos pontos fixos, sendo proibida a circulação dos ambulantes entre o público. Ou seja, os casos de violência não estão diretamente relacionados com o consumo de álcool. E todo mundo que tem o hábito de frequentar os estádios de futebol sabe disso perfeitamente. Quem bebe cerveja de verdade é o pessoal que fica sentado, comendo amendoim e reclamando do juiz. Normalmente as confusões acontecem entre as torcidas organizadas, que estão mais preocupadas em cantar, pular e entoar hinos do que efetivamente tomar uns gorós.

 

Goiás é uma exceção no cenário brasileiro. Somos o único estado onde a venda é permitida. E nossos índices de violência não são maiores do que em outras unidades da federação, o que mostra que as coisas não se interrelacionam. Naturalmente, o álcool pode estimular alguma confusão localizada, quando o cara que se excede resolve partir para uma discussão e acaba se exaltando. Esse comportamento é típico do bêbado de índole violenta e infelizmente acontece em todo lugar que tenhamos um. Seja no bar, na boate, na feira, no estádio e até mesmo em uma festa de família. O bêbado de índole violenta pode dar um problema. Mas não é por causa das exceções que devemos privar todos que fazem o consumo responsável do álcool.

 

A questão central da violência nos estádios brasileiros está relacionada às gangues. Elas se apoderarem das torcidas organizadas e entendem o torcedor rival esportivo como inimigo a ser exterminado. E a cerveja não tem nada a ver com isso. Para coibir essa prática, a inteligência dos órgãos de segurança pública é que devem entrar em ação, identificando os sujeitos desses crimes e os responsabilizando pelos ilícitos. Com esse trabalho prévio, no dia do jogo a coisa fica mais fácil. Aí é só mostrar presença para que tudo corra bem.

 

Agora, o problema de verdade é que para aguentar esse futebolzinho que está sendo apresentado nos gramados brasileiros, só com uma cervejinha para acompanhar mesmo...


Comentários

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  • 01.02.2012 02:46 Flávia Cristina

    Não bebo e nem meu marido,vamos c nossos filhos no Serra c frequência, e nunca presenciei problemas por conta da cerveja.Acho q o problema da violência realmente é mais complexo e deve haver um debate mais amplo sobre o assunto!

  • 31.01.2012 05:25 Pedro Antônio

    Concordo, em partes. O caso da Lei Seca é exatamente o mesmo. Por conta de poucos que bebem e saem dirigindo feito loucos, todos estão proibidos de dirigir com qualquer nível de álcool no sangue, mesmo que tenha tomado apenas um choppinho ou dois e esteja em perfeitas condições. Pagamos o preço pela burrice e irresponsabilidade dos outros, meu caro.

  • 31.01.2012 12:54 Alysson Nascimento

    Essas proibições no meu ponto de vista são as autoridades querendo fugir da responsabilidade, porque esta mais do comprovado que bebida e torcida organizada não tem nada a ver com a violência e sim as gangues infiltradas nas TOR. Os órgãos de segurança devia primeiramente era infiltrar homens nas torcidas, e identificar os baderneiros nos estádios... Falta responsa desse pessoal ai, eu como Vilanovense vejo o que acontece nas duas torcidas Esquadrão e Sangue Colorado, e é triste ver os presidente com o celular avisando a policia a hora de subir pra conter as brigas e depois ver jornalistas apontando eles como se não tentasse trabalhar pra conter essas violência entre as rivais.

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