Goiânia - A altitude da Cidade do México proporcionou aos atletas participantes dos Jogos de 1968 uma das experiências mais desafiantes dos últimos tempos. Apesar de disputada a 2.240 metros do nível do mar, a edição teve a incrível quebra de 68 recordes mundiais e 301 olímpicos.
E foi em solo mexicano que o maior evento esportivo incluiu o uso da tecnologia de antidoping. O controle de substâncias proibidas eliminou somente o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, que apresentou excesso de álcool. Também houve a adoção dos testes de comprovação de sexo para as provas femininas.
Apesar de ocorrer em meio a um contexto político conturbado (como os assassinatos de Robert Kennedy e do líder negro Martin Luther King), os Jogos da Cidade do México reuniram 5.516 países, vindos de 112 países diferentes. A competição começou no dia 12 de outubro e se estendeu até 27 do mesmo mês.
Destaques e curiosidades
O Brasil conseguiu enviar uma delegação de tamanho considerável. Voltou para casa com três medalhas na bagagem, sendo uma de prata e duas de bronze. No salto triplo, Nelson Prudêncio alcançou momentaneamente o recorde mundial (17,27m), mas foi superado logo em seguida pelo soviético Viktor Saneyev (17,39m), que ficou com o ouro.
Americano Robert Beamon registrou 8,90m no salto em distância (Foto: COI)
Uma das medalhas de bronze foi garantida na vela, com a dupla Reinald Conrad e Burkhard Cordes. A outra ficou para paulista Servílio de Oliveira, nos meio-médios do boxe.
Essa edição das Olimpíadas distribuiu 527 medalhas. O primeiro lugar no quadro geral ficou com os Estados Unidos (107 medalhas conquistadas). A União Soviética apareceu logo em seguida, com 101. Já o México teve o pior rendimento de um país anfitrião. Com nove medalhas, a delegação garantiu apenas a 15ª posição.