Goiânia - As Olimpíadas de 1964 representaram aos japoneses a oportunidade de mostrar ao mundo o seu renascimento e poder de superação. Tóquio recebeu o evento esportivo 19 anos depois do ataque nuclear que devastou Hiroshima e Nagasaki.
Foi a primeira vez que o continente asiático sediou os Jogos. Pelo cronograma do Comitê Olímpico Internacional, os japoneses receberiam o evento em 1940, mas desistiram por conta própria pela guerra contra a China.
Há quem diga que o investimento na área de infraestrutura girou em torno de US$ 3 bilhões. Uma das obras foi o Estádio Olímpico, que ficou lotado para a cerimônia de abertura. Participou do revezamento da tocha o jovem Yoshinori Sakai, que nasceu em Hiroshima no dia da explosão da bomba atômica, 6 de agosto de 1945.
Destaques e curiosidades
Maiores potências do esporte na época, Estados Unidos e União Soviética há algumas edições já disputavam forças no quadro de medalhas. Depois de dois anos consecutivos na vice-liderança, os norte-americanos voltaram ao primeiro lugar nos Jogos do Japão. Foram 90 medalhas contra 96 dos soviéticos. O que garantiu a liderança foi a quantidade de ouro, 36 dos EUA contra 30.
Se comparada a Roma 1960, a participação do Brasil foi menor tanto em quantidade de atletas como de medalhas. O único pódio foi garantido pela equipe de basquete, que faturou o bronze.
O maior destaque da edição foi a russa Larissa Latynina (foto ao lado), que ganhou seis medalhas (duas de ouro, duas de prata e duas de bronze).
Em sua carreira olímpica, a ginasta conquistou 18 pódios. O feito permaneceria inédito até o surgimento do nadador americano Michael Phelps, que em 2012 quebrou o recorde e superou, somando 22 medalhas.