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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Vaiar corredor é burrice

Reclamar contra corredores não é inteligente | 24.02.15 - 11:45

GoiâniaO prefeito de Goiânia Paulo Garcia foi ontem à Praça da Feira na Avenida dos Alpes da Vila União lançar as obras do corredor preferencial de ônibus da Avenida T-7 e ciclovia que interligarão a Praça Cívica ao Terminal das Bandeiras. Uma ótima notícia, que deveria ser aplaudida por toda sociedade mas que recebeu protestos de alguns comerciantes. Vaiaram o prefeito. Vaia burra.

Motivos para vaiar Paulo Garcia, para ser sincero, não faltam, é bom destacar. O lixo acumulado nas calçadas e cujo serviço ainda não foi devidamente regularizado pela Comurg seria uma razão. Mas vaiá-lo pelo melhor projeto que sua administração está executando é vil, é egoísta, é falta de visão de futuro. Nesse caso, o impropério contra Paulo Garcia vem de quem só enxerga o próprio umbigo.

E, cá entre nós, essas manifestações são piada repetida. Já havíamos observado a mesma conduta na Avenida Universitária, T-63 e 85. Agora é a vez da T-7. E já sabemos quais serão as próximas. Caso a prefeitura mantenha sua escala, T-9, Independência e 24 de Outubro já têm seus protestos marcados.

Lutar contra os corredores é lutar contra a obviedade, é tentar barrar o novo que sempre vem e vence. É uma postura ludista. Bom, pensando melhor, nem é tão novo assim. Países decentes já trabalham com a lógica das faixas preferenciais há décadas. O Brasil é que está em descompasso com a história. Corrigir esse erro urge. Por isso que digo que, em relação à coragem política de encarar os corredores como prioridade, Paulo Garcia merece aplausos.

Bogotá se transformou em referência mundial quando o assunto é mobilidade urbana. E a grande figura dessa transformação é o ex-prefeito da cidade colombiana, Enrique Peñalosa. No auge da polêmica da implantação das faixas em São Paulo, ele foi entrevistado pela Folha de São Paulo e disse que quando um ônibus passa ao lado de carros engarrafados, temos um símbolo de democracia, pelo interesse coletivo estar acima do particular. Impossível discordar do político colombiano.

Goiânia, aos trancos e barrancos, em velocidade muito aquém do desejável, vai pegando rumo em relação ao transporte coletivo. A chiadeira sempre vem com qualquer mudança. Não tenho dúvidas que o futuro reconhecerá a ação de Paulo Garcia em relação aos corredores de ônibus. Que esses protestos não tirem o foco do prefeito para o que precisa ser feito. E que venham mais corredores e ciclovias cortando a cidade inteira.


Comentários

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  • 19.03.2015 13:22 welson

    Parabéns Pablo Kossa! Sou morador da região da Av alpes e fiquei muito feliz com o corredor exclusivo e a ciclovia, fiquei muito revoltado em ver comerciantes egoístas vaiando a assinatura desta obra, que vai sim beneficiar a cidade.

  • 03.03.2015 16:05 Rai Babtista

    O mais interessante é ver os argumentos dos que se dizem 'não egoístas'...

  • 25.02.2015 18:22 Uirá de Melo

    Sei da importância da manchete, mas chamar os outros de burro por discordarem, me soa, no mínimo, falta de educação. Deve-sesim protestar em relação aos corredores de ônibus, foram feitos e planejados sem ouvir a sociedade e carregam embutido projeto de verticalização das áreas que os ladeiam. O que pode, inclusive, inviabilizá-los no futuro. Esse é o plano de viabilização de Goiânia para o Batman, Demolidor, Homem-Aranha e afins que precisam de muitas torres para proteger as pessoas em perigo. Burrice é fazer uma ciclovia, como a do universitário e da T63, no meio da ilha, sendo que as vias tem mão e contramão. Coloca-se o ciclista em risco em exíguo espaço mesmo existindo a possibilidade de que a ciclovia estivesse separada da rolagem e compartilhando a calçada com o pedestre. Fora que a ciclovia do universitário leva você de lugar algum pra lugar nenhum. É importante ouvir a sociedade, não meia dúzia de construtoras e imobiliárias reunidas em um fórum de mobilidade. Falta transparência e participação social nesses projetos. Vai ver essa ciclovia leva a um monte de feno, e esses burros, que já andam em duas patas, o querem só para eles!

  • 25.02.2015 15:47 Bruno

    João Paulo, se você anda de ônibus sabe que um ônibus em um engarrafamento demora muito mais para chegar ao seu destino (rota) do que um carro. Isso porque ele precisa parar nos pontos e voltar a fila engarrafada. Isso quando consegue voltar fácil. É falta de conhecimento, sensibilidade ou é fruto de demência isso que você falou.

  • 25.02.2015 10:33 João Paulo

    O futuro seria garantir que o usuário do transporte coletivo encarasse o trânsito sentado e de prefeência no ar condicionado, junto com os demais veículos. CORREDORES DE ÔNIBUS SEQUER AMENIZA A HUMILHAÇÃO DE VOLTAR PRA CASA EM PÉ, SUFOCADO ENTRE MULTIDÕES, SEGURANDO PRA NÃO CAIR, PEDINDO O MOTORISTA PRA IR MAIS DEVAGAR.

  • 25.02.2015 10:28 João Paulo

    Não vejo o ônibus como uma ambulância que carrega desesperados moribundos entre a vida e a morte, sempre andei de ônibus e o vejo como um veículo qualquer apesar de grande. Como quem vai de carro, o usuário do transporte coletivo também deve esperar e encarar o engarrafamento. O que ocorre na verdade é que os corredores são obras ótimas de superfaturar, realizar negociatas com empreiteras. Nem precisei descorrer sobre a quebradeira que essas obras causam nos comerciantes locais. superfaturar

  • 24.02.2015 20:48 Hick Boss

    Como diz em uma letra de Rap, o individualismo aqui merece um premio. sarcasmo total né. Parabéns Pablo pela redação.

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