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16.04.2014 20:17 Tatiana lemos
Muito bom!
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12.04.2014 19:01 Anapaula de Castro Meirelles
Grande Pablo! Você é incrível. Gosto do seu olhar sobre o assunto. Sou uma otimista crônica e sim a internet tem o poder de mudar as coisas. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman chama de “modernidade líquida” o tempo em que vivemos, de permanentes incertezas e mudanças. “Líquidos mudam de forma muito rapidamente, sob a menor pressão”, ele diz, e daí podemos relacionar sua tese a um mundo de relacionamentos instáveis, celebridades instantâneas, paranoia por um ideal de beleza inexistente, consumismo, esfacelamento da política como meio de se viver em sociedade e sua substituição pelo individualismo.Qualquer semelhança com o momento atual do Brasil não é mera coincidência. Lembro todos os dias de Bauman no meu passeio pela velha mídia, todas as manhãs. Em páginas e páginas de informações, em cada manchete, há ali uma certeza cravada, uma sentença proferida, quase uma ordem imposta contra a qual não pode haver argumentos. E um interesse único, como um coro partidário travestido de noticioso. A pauta é praticamente a mesma em todos, assim como a forma de se enxergarem os fatos. Um desperdício de trabalho e matéria-prima, que poderiam ser canalizados para a tão necessária construção de entendimentos coletivos em vez do velho samba de uma nota só. A velha mídia não entende de Bauman e talvez por isso os jovens líquidos não entendam a velha mídia. O mundo dos jornalões é um mundo sólido, tão duro quanto o concreto, inacessível para a interação, antidialético, monocromático e tão velho quanto um dogma, contra o qual não há argumentos: ou se acredita, ou está excomungado. Em plena era da comunicação, quem se incumbiu da tarefa de informar durante décadas e construiu impérios impressos, radiofônicos e televisivos hoje está incomunicável, fechado em si mesmo, falando para o espelho e ainda se achando dono da verdade. Aquele laser verde na cara do Tramontina, ao vivo na Globo, é apenas um lampejo desses novos tempos: o império midiático se fecha numa bolha de vidro, mas a multidão lá fora já descobriu como atravessar a redoma. O que será do Brasil de amanhã ninguém sabe. As previsões são tão líquidas e efervescentes que quase chegam a se tornar gasosas. E é mais provável que a velha mídia se dilua no esgoto do que acerte as previsões ditatoriais de suas manchetes cheias de maus interesses. Um beijo com o meu carinho e admiração.
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12.04.2014 11:31 Thiago Pena
Olá, Pablo. Concordo com a colega que afirma que "a internet tem poder real de mudar as coisas". Se, em alguns casos, não é o motivo fundamental, é o gatilho, cuja ausência significaria a não eclosão desse ou daquele fato. Todavia, na contramão da utilidade e da relevância de conteúdo, o que eu vejo (como semi-leigo em comunicação social rs), é que o conteúdo "groselha" e as polêmicas bobas são responsáveis por gigantesca parte da audiência. De fato, acho que poucos se preocupam em buscar conteúdo de qualidade MESMO, de modo a crescerem intelectualmente (intelectual em sentido amplo, observe-se). É muito prazeroso pra essa turma toda ver vídeos bobos no youtube, trocar vídeos no whatssapp, brincar de snapchat, postar a hora da almoço no facebook ou mesmo, no instagram, os vários pesos no supino da academia. Friso: nada contra quem faz isso, mas quando isso passa a ser seu único hobby ou a parte principal do seu dia, de fato as coisas não vão bem. O fato, Pablo - e aqui reitero que gostei do texto - é que a internet seria uma arma muito mais poderosa não pela sua própria atuação direta como veículo de insatisfação ou consternação. Mas, se a mesma fosse utilizada de forma mais eficaz, seria uma excelente fonte de conhecimento, através do qual as pessoas formariam opiniões e fortaleceriam seus valores. Afinal, basta pensar em quantos abrem um bom livro e quantos acessam a internet a todo momento em busca de conteúdo que causa prazer de 3 minutos e nada acrescenta. Falando por mim, busco, na maioria das vezes, na internet, conteúdo hábil a me acrescentar algo útil e que produza reflexão. É um excelente instrumento para se buscar instrução e, porque não, até mesmo erudição... Não quero de forma alguma parecer aqueles chatos pseudo-intelectuais. Só penso, como um normal qualquer, que num país sem muita erudição até mesmo no alto escalão, poderíamos vislumbrar na internet um bom modo de, a muito longo prazo, mudar essa realidade. Acho muito legal que seus textos sejam espaço pra discusssão de ideias e expressão de leitores, pois os "debates" modernos têm se mostrado cada vez mais vazios, prevalecendo, como temas principais, os vídeos do whatssapp, as fotos do "face" e as polêmicas baratas dos grandes portais e das redes sociais. A relevância anda sendo relegada e o bom conteúdo deixado de lado, infelizemente. Até!
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12.04.2014 10:38 Ana Carolina Castro
Nem sempre concordo com você Pablo, mas este texto eu assino embaixo 100%. Excelente reflexão! Um abraço, meu caro.
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12.04.2014 08:38 Adriano Barreto
Que lixo desnecessário. Bobo. No caso específico da Valesca a polêmica em cima da música foi idiota, mas todo o contexto em cima da polêmica gerou uma discussão necessária e importante. A prova disso é que a mídia toda está discutindo o assunto, o preconceito e você mesmo se rendeu ao assunto. Veja bem Pablo sua amiga colunista tem razão no que fala. O seu programa papo cabeça é uma nova ferramenta das novas conexões. Analise mais seu universo antes de falar essas lorotas.
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12.04.2014 07:19 Rony pereira
Querido Pablo, ótimo texto. Também acho que as pessoas estão mais superficiais talvez por culpa das mídias populares que dão credito as noticias baratas como violência, polemicas bobas e fofoquinhas de famosos. Tudo groselha, como diária nosso grane pensador Pablo Kossa. Esse tipo de noticia é muito bem aceita em nossa sociedade porque é isso- a desgraceira- que o povão quer ver e ouvir. Mas enquanto as mídias não mudarem essa cultura de informação rasa bobinha as pessoas vão continuar assim, bobinhas também. Valeu queridão. Sou leitor de seus textos e ouvinte do papo cabeça. Um abraço.
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11.04.2014 19:42 jayles
kkkkkkkkkk.vc como sempre arrasa sou sua fã incondicional. bjos Pablo.