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Bia Tahan
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Escolhas

Muito além da aliança e dos bebês fofos | 19.12.13 - 12:48
Goiânia - Essa semana vi um documentário legal na web. Chama-se 35 and single, da diretora argentina Paula Schargorodsky. (Veja o  link aqui).

Concordo muito com uma das suas observações: aos 20 a mulher é livre para fazer o que bem entender, pode ter namorados, amantes, casos de uma noite só, “assim como os homens”. Mas essa liberdade tem data para expirar. Nas palavras de Paula: aos 30 uma cortina de conservadorismo cai e fica aquela pergunta silenciosa no ar: “quando você vai constituir família?”.

E à medida que o tempo passa, a pergunta que era silenciosa vai ganhando voz. Amigos, família e até desconhecidos começam a questionar sua solteirice.

A pergunta é: por que uma mulher solteira incomoda tanta gente?

Atrevo-me a dizer que no Brasil, o pensamento reinante prega que quando uma mulher não se casa é porque não foi escolhida. Igual no colégio quando na hora da queimada ninguém te chamava para compor o time.

No Brasil mulher é praticamente uma commoditie. Definição de commodities: são produzidas em grandes quantidades e suscetíveis a oscilações de mercado. Não apresentam diferenciação por não possuírem valor agregado. No caso o valor agregado é o marido e filhos.

É, de repente, a partir de uma certa idade, não interessa que a mulher seja PhD em física, uma super executiva do setor petrolífero, faça viagens incríveis para os lugares mais bacanas do mundo, fale inglês, francês e alemão, seja estilosa, tenha uma vida interessante. Para ter valor, ela precisa casar e quanto mais o tempo passa, mas as oscilações do mercado jogam contra.
 
 É triste pensar que apesar de grande evolução de costumes, no Brasil uma mulher que nunca casou ainda é considerada uma encalhada – aquela que não foi escolhida.

É como se a questão da solteirice fosse “culpa” da própria mulher.

— É sistemática, ninguém serve para ela, vai acabar sozinha.

Quem nunca ouviu ou disse essa frase que atire a primeira pedra.

Mas o fato é: cada vez mais, as mulheres deixam de ser as escolhidas para escolher como querem viver as próprias vidas.

E ter escolhas, definitivamente, é o caminho mais sincero para encontrar a própria alegria.
 
 
 

Comentários

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  • 13.02.2014 23:43 Otacílio Verne

    Não me leva a mal, mas uma mulher inteligente, bonita, culta e corajosa - tipo Raquel Sherazade - não fica solteira nunca!!!

  • 25.12.2013 11:54 Sandra

    Boa!

  • 21.12.2013 18:41 Joao carlos

    Bia, gostei muito do texto.

  • 20.12.2013 02:40 Rodrigo Lúcio Cabral

    Pura falta do que pensar. As pessoas, de um modo geral, devem ter suas próprias escolhas, seja homem ou mulher. Quem fica preocupado com isso são os que gostariam de estar no lugar. Quem não se adapta às mudanças, cai no ostracismo. Abraços.

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