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Nádia  Junqueira
Nádia Junqueira

Nádia Junqueira é jornalista e mestre em Filosofia Política (UFG). / njunqueiraribeiro@gmail.com

Ora, pois!

Somos todas Nicole Bahls

A violência que constrange e não está na lei | 17.04.13 - 23:39
 
Goiânia - Qual é a primeira coisa que se passa na sua cabeça quando dizem que a mulher foi violentada? Provavelmente o mesmo que na minha. Uma rua meio escura, um estranho que agarra uma mulher à força, transa com ela e depois a deixa jogada na sarjeta. Algo feito por um estranho em um local indevido.

O que vem à sua mente, ainda, quando se diz violência contra mulher? A imagem que me salta aos olhos é aquela estampada em cartazes e propagandas de uma mulher com um roxo no rosto. Penso, então, em um homem espancando a companheira.

Se violência contra mulher fosse somente isso e se estupro fosse praticado somente por estranhos, poderia chutar que 40% das mulheres já foram violentadas. Mas digo que 100% já passaram por isso. Todas as mulheres já foram violentadas. Porque o problema mora naquilo que ainda não está na lei Maria da Penha. 

A violência mais corriqueira e avassaladora é silenciosa. Aquela que faz a própria mulher se questionar se foi mesmo violentada. E ela pode levar horas, dias, meses ou anos para se dar conta de que foi violentada. Esse tipo de violência é mais cotidiana.

Uma mulher é violentada quando avançam sobre o limite do seu próprio corpo sem algum consentimento. Qualquer que seja esse limite. Uma mulher passa por uma violência quando é constrangida e não tem poder, força ou condições de agir de forma diferente. 

Eu fui violentada. Por diversas vezes em diferentes momentos da vida. Nenhuma delas foi em casa ou praticada por meu pai, irmão ou namorado, como acontece com a maioria das mulheres. Confesso a vocês que escrever aqui, publicamente, sobre o que passei não é simples. Porque comigo aconteceu o que acontece com a maioria massiva das mulheres. É difícil falar. Pior, é difícil se dar conta da violência. Então esse tipo de violência é como se não acontecesse. Ou como se não fosse violência.

Aconteceu no ano passado. Isso mesmo, já não era nenhuma mocinha indefesa. Havia voltado de Portugal depois de seis meses em intercâmbio e estava me sentindo fraca e muito sonolenta. Compartilhei com minha mãe que me indicou um infectologista, que sempre atendia minha família.

Antes que ele começasse as perguntas, eu mesma já fui falando do intercâmbio porque pensei que a mudança de rotina talvez estivesse interferindo nisso tudo. “Você tem namorado?”. Foi a primeira pergunta que fez. “Não, terminei há um ano”, respondi. “Hmmm... maravilha ein! Viajar assim solteira, transar com quem quiser! Você transou com muitas pessoas lá nesse intercâmbio?”

Fiquei absolutamente constrangida com a pergunta. Pensei que nem meu ginecologista, com quem consulto há dez anos, nunca me fez uma pergunta dessas. Mas, rapidamente, pensei que, como infectologista, essa pergunta fizesse parte do procedimento dele. 

Durante o exame, pediu que eu deitasse. Estava de vestido. Quando me deitei, ele pegou no meu tornozelo e apertou. “Hmmm... canela grossa, ein?” e uma risadinha no fim. Fiquei constrangida mais uma vez. Mas depois pensei que não era nada demais. E ele continuou conversando sobre amenidades. Ao examinar minhas glândulas, no pescoço, começou a me fazer uma massagem e fez a pergunta estopim. “Você é dessas loucas por sexo ou como que é?”. 

Nesse momento achei que aí, realmente, não tinha a ver com a consulta. “Não!”, respondi nervosa. Ele amenizou em seguida: porque tenho muitas pacientes com esse problema, vem se consultar e com problemas de saúde em decorrência disso e blá blá blá. 

Sentamos à mesa, ele continuou contando casos de pacientes loucas por sexo e me pediu exames. Fui embora sem entender o que aconteceu. Horas mais tarde, deitada no colo da minha mãe enquanto assistíamos ao jornal, comecei a repensar no que aconteceu. Só então me dei conta: “mãe, acho que fui violentada”.
 
Minha mãe se indignou e quis voltar comigo lá. Eu mesma pensei em denunciar ao Conselho Regional de Medicina. Então pensei em um homem me recebendo, ouvindo minhas queixas e relativizando tudo que dissesse.
 
Minimizando o constrangimento pelo qual passei. Pensei nos homens que não acham que Monique foi estuprada por Daniel enquanto dormia, durante o BBB12. Pensei e deixei pra lá.

Deixei pra lá, como a maioria das mulheres deixam casos como esse e como vários outros cotidianos. Quando o namorado grita, xinga, manda tomar em todos os lugares e elas não conseguem reagir. Quando está passando por um grupo de homens e, necessariamente, ouvirá alguma piadinha, cantada ou observação sobre sua bunda. Isso pode ser um grupo de pedreiros na rua ou um grupo de advogados reunidos no Fórum. Você pode estar vestindo um vestido curto ou um terno mesmo.

Deixei pra lá como Nicole Bahls – integrante do Pânico - deixou depois de tentarem pegar em sua vagina sem algum consentimento quando menos esperava (veja aqui). Antes de fazer uma denúncia, uma mulher sempre pode ter muito a perder. Nicole poderia ter de deixar o emprego. A maioria das mulheres agredidas fisicamente em casa pelo companheiro, irmão ou pai não denuncia, pois depende financeiramente deles.

A verdade é que na maioria dos casos de violência ou agressão, qualquer nível que seja, a gente sempre deixa pra lá. Porque ninguém nunca nos disse que aquilo é de fato uma agressão ou violência. Mas ao assistirmos à cena em que Gerard tenta enfiar as mãos na vagina de Nicole em público e sentimos a mesma angústia, a gente entende que é sim uma violência. E você, leitora mulher que leu esse texto, talvez tenha compartilhado do constrangimento pelo qual passei. Para um homem, essas situações são brincadeiras. Para quem passa por isso ou compartilha disso, uma angústia. 

Essas situações a que somos submetidas cotidianamente são relativizadas. Nosso constrangimento faz parte das sensações corriqueiras. Não entramos em um boteco de esquina para comprar uma coca-cola se só há homens no bar. Isso é normal. Assim como é normal ouvir cantadas baixas ao cruzar por homens nas ruas. Ou escutar xingamentos no trânsito. Ou deixar de usar um vestido ou saia mais curto ou decote se for tomar ônibus à noite.

Não importa se isso aconteceu comigo ou com Nicole Bahls. Não há diferença se a vítima é uma executiva de terno ou uma panicat na televisão. Não importa se você trabalha expondo seu corpo ou vendendo o que se tem na cabeça. 

A violência acontece de qualquer maneira. E nunca há justificativas para que elas aconteçam. Até mesmo uma prostituta decide quem vai tocá-la e em que condições. Nada dá o direito de alguém tocar uma mulher sem consentimento ou constrangê-la ao ponto de que ela fique sem reação. 

Não precisamos ser estupradas ou agredidas fisicamente para sermos violentadas. A violência acontece sempre por muito menos. O que está errado não é o vestido curto. Não é entrar no boteco de esquina cheio de homens. Não é o batom vermelho num terminal de ônibus à noite. O que está errado é sermos constrangidas. Termos os limites avançados sobre nosso corpo sem algum limite. Não temos de nos comportar. Vocês, homens, é quem devem mudar.   
 

Comentários

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  • 12.07.2013 03:58 Giuliano

    Adorei o texto! Imagino que os esforços devem ser em direção ao apoio de todas as mulheres, recuperação do seu auto-valor, confiança, força, e encorajamento ao combate das violências em todas as instâncias. As mulheres pelas mulheres, e todxs pelo fim do sexismo.

  • 12.07.2013 03:12 Fernanda

    Lendo a maioria dos comentários masculinos fica visível que esta realidade ainda se encontra longe de mudar. É incompreensível para estas pessoas que uma advogada e uma panicat devem ter o direito sobre seu corpo respeitados da mesma maneira. Nicole Bahls ficou visivelmente constrangida. Será que ela realmente consentiu com aquela agressão, ou foi forçada (mesmo que indiretamente) a isto? Já ví um caso parecido, e que não aconteceu com uma mulher de vestidos curtos, e nem em um ambiente de trabalho tal qual o explorado pelo programa Pânico. Foi em um orgão público, com uma garota que se veste com roupas bastante conservadoras. Ela, funcionária terceirizada de um cargo mediano, sofreu abuso no ambiente de trabalho de um funcionário público de alto cargo. Entretanto, conversando com advogados sobre as consequências de um processo, foi indiretamente forçada a enxergar aquilo como uma "brincadeira", pois provavelmente o processo não afetaria o agressor, e certamente resultaria em uma demissão dela, que precisava do emprego. Quem garante que Nicole não viveu a mesma situação? Vocês homens não devem ter noção da tamanha violência ao qual todas nós mulheres estamos sujeitas a inúmeras situações do nosso dia-a-dia. Vocês tem ABSOLUTA certeza que seu pai NUNCA bateu em sua mãe? Da quantidade de vezes que sua namorada foi constrangida em público com temas sexuais e amorais? Da quantidade de vezes que sua irmã teve seu corpo violado/invadido pelo simples fato de estar dançando em uma balada? Isso acontece todos os dias, e de alguma forma a sociedade nos faz sentir que somos culpadas, que devemos tomar cuidado, nos comportar. Nos faz crer que são coisas banais, embora mexam seriamente com nosso psicológico.

  • 12.07.2013 02:52 Fernanda

    Igor Teixeira, penso que você é quem não sabe interpretar texto. Em nenhum momento foi dito que não há diferença entre cada uma dessas situações, mas sim que TODAS elas se tratam de violência, até mesmo o que você chama de "cantada", quando feito de forma agressiva, constrangedora e/ou inapropriada.

  • 21.05.2013 16:08 Igor Teixeira de Oliveira

    Uma jornalista que não sabe a diferença entre cantada, assédio sexual, atentado violento ao pudor e estupro, não pode exercer a profissão!

  • 19.05.2013 15:41 Laíssa Gomes de Miranda

    Ótimo texto. Relata mt bem a cultura violenta do patriarcado. Triste, mas temos q ter consciência disso como passo para as coisas começarem a mudar.

  • 17.05.2013 15:44 Mateus Avila

    Sou homem e repudio todo e qualquer desrespeito à mulher. A modelo da tv não convidou o cara a se intrometer no corpo dela... Uns dizem que ela se apresentou como fosse objeto. Como assim? Quem tem o direito de julgar isso? Então quer dizer que as mães de muitos marmanjões por aí convidam ao abuso quando expõem o corpo na praia? Que absurdo! Sonho apenas com o dia, em que cada indivíduo seja respeitado e levado à sério, num momento em que o respeito ao espaço alheio seja uma regra, não uma exceção. Um momento utópico na história da humanidade onde não haja divisões entre indivíduos, de raça, credo ou orientação sexual. Claro que essa é só minha opinião, não sou o dono da verdade. Mas essa é a MINHA verdade.

  • 07.05.2013 04:28 Igor Teixeira de Oliveira

    "Não importa se isso aconteceu comigo ou com Nicole Bahls. Não há diferença se a vítima é uma executiva de terno ou uma panicat na televisão. Não importa se você trabalha expondo seu corpo ou vendendo o que se tem na cabeça." Mas é claro que a conduta de uma pessoa "importa!" Você está relativizando e se comparando a essa gentalha de BBBs e Pânicos da vida! A grande questão deste país é que somos comandados por verdadeiros bandidos, e as leis são brandas. Pensava que você, apesar de jornalista, fosse desinformada. Enganei-me, você á burra mesmo!

  • 27.04.2013 19:26 jc

    É uma pena, que, a maioria dos homens que se dispuseram a ler este texto, tenha achado a atitude de nossa adorável escritora – diante do infectologista – muito ruim. Porem eles são homens (devem ser todos heterossexuais) não sabem como uma mulher se sente acuada ao receber uma cantada amoral. Seja diante de um médico, um namorado, ou ainda, enquanto caminha sozinha pela rua voltando do trabalho para casa, não sabem o que é ter medo de ficar a sós com um homem estranho, ter medo ate mesmo, quando um senhor lhe para na rua, para pedir uma informação. O que pode fazer uma única Mulher, quando recebe uma cantada, abusada e ofensiva, de um grupo de homens que passam ao seu lado na calçada, ou de um grupo de operários??? – Simplesmente nada, e isso dói muito – O que os homens "de bem”, esperam que as moças façam...??? Que se virem para o grupo de homens e os repreenda, que lhes diga que, não podem fazer isso, só pelo fato de ela estar sozinha... . Acho que não! Situações assim causam um grande constrangimento e medo às vitimas (sim, estas mulheres são sim, Vitimas), não da para saber como reagir, há apenas a paralisia, nestes momentos. E ainda assim, existem homens que dizem que as mulheres têm que se dar ao respeito e que só isso bastara. Não, não bastara, enquanto a “justiça” não considerar estes delitos infames, como ofensas e ameaças, imensamente agressivas e enquanto ainda houver homens, que pensem que têm direitos sobre todas as mulheres, apenas pelos casuais fatos, de serem mulheres e eles terem um pênis. Isso é repugnante.

  • 26.04.2013 18:42 Karlla Di Araujo

    Por isso que tem certos assuntos que nem deveriam ser tratados no Face ou em qualquer Rede Social... As vezes seus comentários podem ser levados a outro patamar, podem ver que nem por isso postei ou comentei sobre o caso daquela moça do Pânico [ sei o seu nome mas não quero dar um credito] ... O que para uns foi o cumulo [ não discordo que o tal de Gerald foi infeliz na sua ação] para outros foi jogada de marketing da própria moça e do programa. Sinceramente, na minha opinião [ deixando claro que é MINHA OPINIÃO E CADA UM TEM O DIREITO AO SEU] isso nem me favorece ou me desfavorece... Sei que hoje existam agressões contra as mulheres, eu sei disso e já passei por isso e quem me conhece sabe o que passei, mas não deixei isso barato. Mas a mulher de hoje não é como antigamente não é mais esse sexo frágil, ela é forte, guerreira e encara tudo numa boa, com raça e disposição. Tenho certeza que se fosse uma dessas que citei, ou até mesmo eu ou você, teria metido a mão na cara dele! Infelizmente eles [ a produção do programa e a própria afetada] apenas venderam como uma matéria legal e engraçada! O próprio Dr. Jacob Pinheiro, Doutor em psicologia pela Universidade Mackenzie e ainda Professor Convidado da University College London Medical School, Universytet Jagiellonski e Universytet Warszawski (Polônia); Hebrew University of Jerusalém; USP, PUC/SP, PUCC, Universidade de Brasília, UNESP, Mackenzie, Aspirus Wausau Hospital, ou seja o cara é responsa no assunto, deu uma entrevista no mesmo quadro, intitulado como polemico, onde ele mesmo confirma que essa cena teve cumplicidade por parte de ambas as partes [ ou seja, tanto o programa quanto o tal autor/diretor estavam ciente dessa brincadeira]. Infelizmente acabamos generalizando esse caso e esquecemos quantas mulheres sofre abusos e não relatam, se o dela foi um abuso por que não correram com os direitos dela? Porque todos riam e participavam e não apenas seguraram a onde do 'tarado'? Se ele fez a mesma cenas com os outros integrantes e ela foi a ultima. Mas não vou me estender, como disse esse caso não me favorece ou desfavorece. A mulher deve se respeitar para ser respeitada... Do que adianta eu andar com um baita de um decote e saia curta em uma festa onde os homens procuram facilidade e quando eles vem com mão boba eu grito: "me respeitem!". A resposta vai ser categórica: "Tá fazendo o quê aqui?" O que quero dizer é que infelizmente o programa Pânico conseguiu a manchete com aquilo que sabe fazer de melhor: com polemicas.

  • 26.04.2013 11:29 Mlelas

    Que absurdo. Uma mulher aqui atacando as demais com medo da sedução sobre a "fragilidade" do maridinho. Minha cara, sou homem e te garanto: se o seu marido te trair, será única e exclusivamente pela vontade livre dele. Não se engane, nem se faça enganar.

  • 26.04.2013 00:17 eric

    minha cara, vc nao se compare a uma panicat, pois estas sao figuras/personagens da TV e para que apareçam na tela aberta, ela consentiu com a "brincadeira", o que eu tambem achei de pessimo gosto e irritavelmente sensacionalista.(desculpe a falta acentuação)

  • 25.04.2013 23:42 ANA KAROLINA BORGES

    Excelente texto, nos faz perceber que somos violentadas todos os dias, e pior, nao tomamos nem uma atitude. Concordo que quem deve mudar sao os homens, mas talvez essa mudança depende de um ponto de partida, e esso "ponto de partida" está na propria mulher. Quando me refiro em "ponto de partida", quero dizer em atitudes ou atos que as mulheres devem tomar, para no mínimo provocar algumas mudanças nos homens. Um exemplo disso e o seu proprio texto, pois talvez alguns homens lendo esse texto possam perceber, que eles agriden as mulheres todos os dias, pois ate que os homens nao tomen essa conciência, não vai ter mudança. Deve-se resaltar que toda essa "violencia contra a mulher" (fisica e moral), faz parte de uma mentalidade machista, e esssa, se manten ativa porque nos mulheres ainda nos calamos e principalmente aceitamos ser "violentadas" (com medo de ser recriminada ou criticada,por medo de perder um emprego, etc.) !!!!!!

  • 25.04.2013 21:11 Layra Moreno

    Ach que já aconteceu com quase todas as mulheres, no meu caso, foi pior, porque eu tinha 12 anos, isso msm, eu era uma pre adolecente com corpao, de apelido "chafe de cadeia", muito corpo, muito hormonio e pouca maturidade, foi violencia, foi pedofilia, msm n tendo o ato em si.... Quando dizemos,ela pedio, dizemos q uma adoelcente ta pedindo, quando dizemos q é instinto do homem, estamos dizendo olha MARIDO aquela vc pode me atrair, pq ela ta pedindo... Eu nao sei o que é pior, se e passar por esse tipo de situacao, ou se é ler o resto que o povo escreve, saber oq a sociedade pensa... É muito triste ver o povo debatendo, dizendo que nao é o homem q tem que mudar, realemnte nao é o homem é a mulher, a mulher mae, que tem q educar seus filhos e filhas para respeitarem o outro ser humano, indiferente da roupa do sexo ou da sexualidade... todo o resto q me deu asco alguem ja respondeu por mim....

  • 25.04.2013 19:11 Marcelo

    "Somos todas Nicole Bahls" kkkk Ôô vontade hein! :D

  • 25.04.2013 18:54 Alvaro Alipio Lopes Domingues

    Sim, devemos. Mudei bastante nos últimos anos e todos os dias ainda descubro entulhos machistas que turvam minha visão de mundo. Ainda me pego rindo de piadas machistas ou referentes a homossexuais e negros. Estes momentos são mais raros, mas ainda ocorrem. Ainda me pego fazendo comportamentos antigos por ainda não ter achado um novo mais compatível com o que eu penso. Tenho um longo caminho, mas espero trilhá-lo até o fim.

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