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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

O Blog

A Marcha do Todinho

Mobilização contra as cotas está equivocada | 17.08.12 - 11:04

Vi pela internet uma mobilização que tem até um nome bonito, a hashtag #NãoCotasSimEducação, mas com o objetivo real mais cabotino do mundo: a permanência da exclusão nas melhores universidades do país para que continue se dando bem quem sempre se deu bem – a propósito, o rico, o branco, o que sempre teve Todinho na geladeira. Pediam meu apoio para a divulgação. Estou aqui fazendo, mas talvez não do jeito que eles pretendiam

Na hora, saquei que esse movimento era a verdadeira Marcha do Todinho. Poderia ser a Marcha do Papai Paga Meu Wi-Fi. Ou Marcha da Mamãe Me Busca no Shopping. Tanto faz. A molecada que sempre estudou em colégios que custam os olhos da cara resolveu se mobilizar contra um projeto de lei aprovado no Congresso Nacional, o que institui reserva de 50% das vagas das universidades federais para cotas. Agora cabe à presidenta Dilma Rousseff descer a caneta e sancionar o texto. Agora sim vale o #AprovaTudoDilma. É interessante notar que enquanto não existia a proposta de ampliação das cotas, a melhoria da educação pública nunca esteve nas prioridades dessa galera. De onde surgiu esse ímpeto cidadão no coração do Setor Bueno? Deixo com você a resposta.

E eles são tão desabituados com qualquer tipo de mobilização que fizeram tudo errado. Escolheram o lugar errado e o dia errado. Por que no Bosque dos Buritis? Deve ser para pegar a sombrinha do parque e beber uma água de coco no trajeto, igual eles fazem quando passeiam com seus cachorrinhos no Vaca Brava. Por que domingo? Nesse dia o papai pode levar e buscar. Se é para mobilizar de verdade, tem que ser dia de semana e subir a Goiás até a Praça Cívica. Na boa, deveriam ter contratado uma consultoria com o MST para aprender fazer um protesto. 

Fiz todo meu segundo grau em escola pública. Lanchei arroz com charque na cumbuca azul do MEC durante esses anos. Quando entrei na Universidade Federal de Goiás, dava para contar nos dedos de uma mão quem também tinha passado por essa experiência no segundo grau em minha turma de Jornalismo. Quando estamos na universidade pública, percebemos que só tem branco e gente que estudou no Bueno. Quando entramos no Eixo Anhanguera, percebemos que só tem preto/pardo e gente com uniforme de escola pública. Claro que tem algo de muito errado. E se você acredita que estudante de escola pública/negro/índio/pardo não está lá por que não deu o sangue de forma suficiente para entrar na universidade pública, bem... Preciso dizer que pensamos o mundo de forma muito muito muito diferente.

Não acredito que seja possível colocar no mesmo patamar de disputa durante o vestibular quem teve condições distintas de vida. O mérito somente pelo mérito é altamente excludente. A análise tem que ser de percurso trilhado, de onde o cara saiu e aonde ele chegou. Pegar só o fim é ignorar a trajetória. E isso é um erro grave do vestibular. Tentar compensar essa distorção que existe por vários motivos (econômicos, étnicos, culturais, políticos...) com uma bonificação como são as cotas me parece justo.

Naturalmente,as cotas devem ser uma política pontual e que não podem estar desvinculadas de medidas de médio prazo na educação pública. Penso que só teremos melhorias efetivas na educação pública quando tivermos uma elite nacional que tenha lanchado na cumbuca azul do MEC. Aquele lance de sentir na pele, sabe? E como vamos ter uma elite nacional oriunda do ensino público se o estudante não chega na universidade pública?

A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios divulgada em 2010 mostrou que 85% dos estudantes do ensino fundamental e médio são de escolas públicas. Sabemos que esse percentual não é o mesmo quando olhamos os principais cursos das universidades públicas brasileiras. A política de cotas é uma das medidas que, somadas com outras, pode corrigir essa grave distorção.
Galera da Marcha do Todinho, me desculpe, mas se for para defender alguém nesse debate, estou com os 85% historicamente excluídos. Foi mal. 


Comentários

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  • 26.06.2013 20:22 gabrielle romera sousa

    muito chato

  • 11.04.2013 14:02 João Carlos Soares

    Desde que o mundo é muito os conflitos são alimentados da seguinte forma: Que não tem quer ter e quem tem não quer perder.....sou proveniente de escola pública, onde estudei a vida inteira, fiz administração de empresas em faculdade particular, integralmente bancada por mim mesmo, da mesma forma estou pos graduando em finanças e controladoria.....e pago IR para um governo que nunca me auxiliou em nada! ENTENDO QUE COTAS RACIAIS NÃO SÃO CORRETAS (SOU PARDO, PELE ESCURA E CABELO LISO) NÃO POR ISSO SOU INTELECTUALMENTE INFERIOR A QUALQUER LOIRO DE OLHOS AZUIS!!!!! CONCORDO COM COTAS PARA QUE ESTUDOU EM ESCOLA PÚBLICA, OBVIAMENTE NÃO TIVERAM AS MESMAS CONDIÇÕES E OPORTUNIDADES QUE OS TODINHOS TIVERAM.....DEIXEM DE HIPOCRISIA!!!

  • 07.10.2012 20:52 José

    pq vc n vai à merda?????

  • 13.09.2012 20:38 LUIS HUMBERto

    peraí, Geovanny, movimento pop??? q q é popular???

  • 07.09.2012 19:26 Rhonaldo Pereira

    O Ary Carvalho escreveu duas páginas de devaneios...mas NÃO disse em lugar algum que TRABALHAVA DE 8:00 ás 18:30 e descia pra UFG a noite..disse só que fez...ficar por conta de estudar é moleza meu brother...moleza...cala boca pseudo-pobre.

  • 07.09.2012 19:25 Rhonaldo Pereira

    O Ary Carvalho escreveu duas páginas de devaneios...mas disse em lugar algum que TRABALHAVA DE 8:00 ás 18:30 e descia pra UFG a noite..disse só que fez...ficar por conta de estudar é moleza meu brother...moleza...cala boca pseudo-pobre.

  • 29.08.2012 23:45 Jos?? Divino

    Se o ensino "PRIVADO(a)" ?? t??o bom, ent??o v??o estudar na UNIVERSO, na ALFA, CAT??LICA, UNIP, FASAM ... Ou OXFORD, HAVARD, MIT, ...

  • 29.08.2012 23:35 Jose Divino

    AS COTAS EST??O APROVADAS. Por que os "burguesinhos" nunca lutaram para entrar nas licenciaturas para virarem professores!!! Quero ver m??dicos pretos, brancos, ??ndios, pobres, ricos, gays, mulheres, ...

  • 28.08.2012 18:25 Luiz Henrique

    Muito bons seus argumentos Otavio Junior. Logo se v?? que voc?? ?? uma pessoa democr??tica e que possui id??ias pr??prias. (Estou sendo ir??nico, t???)

  • 28.08.2012 09:26 Otavio Junior

    Ei Luiz Henrique, seu playboy de m##da.. vá se danar, mauricinho..

  • 27.08.2012 15:10 Luiz Henrique

    Isso ?? o que eu chamo de preconceito ao avesso. Sua ideologia ?? no m??nimo contradit??ria, e mostra que no fundo voc?? ?? como a corja do PT. Democracia s?? se for de acordo com suas ideologias? Ao inv??s de atacar e criticar quem tem todinho, Wi-Fi e condi????es dignas de locomo????o, lute para que todos tenham. N??o queira negar a eles o direito de fazer protestos pacificamente (ao contr??rio do MST que voc?? indica como especialista no assunto). Sua ironia com a motiva????o desses alunos ?? ret??rica, pois a pr??pria hastag deixa claro que ?? um movimento contra as cotas. Eles n??o est??o fazendo de conta que s?? agora se preocuparam com as quest??es sociais. Eles est??o claramente defendendo o que consideram seu direito, democraticamente. Os problemas desse pa??s come??am pelos pseudo-intelectuais como voc??, que com tanto conhecimento permanecem olhando o mundo t??o obtusamente e t??m por regra defender "os menos favorecidos", acima de qualquer coisa, por que ser rico ?? feio, ?? vergonhoso. Parab??ns a esses alunos que se mobilizaram, mesmo n??o tendo seguido seu modelo de protesto, no seu "percurso ideal", no sol quente, atrapalhando o tr??nsito, tirando onda de ativista pol??tico-social. S?? por n??o terem o infort??nio de precisar comer merenda escolar de p??ssima qualidade, n??o devem ser cerceados do seu direito de protesto. Lidere voc?? um movimento pelo aumento na oferta de vagas p??blicas e melhoria do ensino m??dio. Apresente solu????es diversas desta omissiva e pregui??osa medida que ?? a reserva de cotas. Ou simplesmente a defenda. Mas n??o tente ridicularizar um ato democr??tico, por favor.

  • 24.08.2012 11:07 Ary Carvalho Jr.

    Fiz o 1º grau e o 2º grau, hoje ensino fundamental e médio, na rede pública, numa época em que o ensino administrado pelo poder público, como hoje, já não era prioridade. Cresci na periferia de goiânia, num bairro sem asfalto, sem água e esgoto. Andava muito para chegar à escola e durante todo o período de aula ficava sem lanchar, pois tanto eu quanto a escola não possuíamos dinheiro para a aquisição. Permanecer longos períodos sem me alimentar era costume, pois em casa também faltava comida. quando terminei o ensino médio, na rede pública, prestei vestibular para o curso de engenharia elétrica na ufg e não consegui passar nem na primeira fase do vestibular. Recorri a uma escola particular e fui contemplado com uma bolsa. Naquele ano estudei muito. Foram várias noites sem dormir, muitos finais de semana e feriados debruçado sobre os livros. Ao término daquele ano consegui ser aprovado para engenharia elétrica na ufg. Basicamente tudo que aprendi foi no cursinho. A base da escola pública era muito ruim. na ufg encontrei muita gente da classe média, pessoas ricas e muita gente pobre como eu. Percebi que era um espaço democrático e não elitizado como sempre se comentava. Estavam ali os que mais estudaram. E lá estavam pois, ao contrário do que acontece com ensino público fundamental e médio, o ensino superior público era e é o melhor do país. Portanto nada mais normal que as pessoas preparadas buscassem, e hoje buscarem, o que há de melhor. andei muito de ônibus, comi no ru, usei muito livro mofado da biblioteca. Convivi com muita gente boa e de todos os níveis sociais. Após terminar o curso de engenharia elétrica, consegui, mesmo já estando trabalhando, e estudando muito, passar para medicina na ufg. hoje tenho uma vida tranqüila e acho que mereço, pois lutei muito. Ganho o suficiente para dar aos meus filhos um bom lar, boa escola, bom plano de saúde, segurança e transporte. Tudo isso, claro, sem grandes isenções quando do acerto com leão no final do ano. com o que ganho, não deixarei herança material para os meus filhos. O que pretendo deixar a eles é uma boa formação e, espero com isso, que eles estudem em boas universidades e façam bons cursos. do exposto, é muito difícil aceitar, sem ficar indignado, uma opinião como a do pablo. Com um discurso politicamente correto, modismo atual, visando agradar os seus leitores, ele divide a população brasileira, equivocadamente, em ricos e pobres. Ele passa a visão de que os ricos seriam os vilões do país e que, sem mérito e muito dinheiro, tiram a oportunidade dos pobres. pois bem nobre jornalista, o país tem enfiado no meio desses extremos uma classe chamada média. Classe que você talvez pertença, e que rala muito, e como eu ganha o suficiente para uma familiar digna. Essa classe média sempre paga pelos prejuízos causados pelo poder público, e que entre corrupção e desmandos coloca políticos para administrar o país. Por exemplo, além de mensalão, operação monte carlo, já tivemos o josé serra comandando a saúde e agora mercadante que é economista no comandando da educação. não queria de forma nenhuma investir o meu dinheiro, ganhado com muito trabalho honesto, em escola particular, plano de saúde, seguro e outras coisas. Mas o que o poder público oferece é muito pouco e de qualidade ruim. A lei das cotas é o reconhecimento da ineficiência do ensino fundamental e público oferecido pelo governo. entendo que devemos ter políticas afirmativas sim. Observe que em momento nenhum falei mal dos alunos de escola pública. Mas não acho correto limitar as condições de acesso, à universidade pública, aos alunos de escola particulares, como se os mesmos fossem os culpados do malogro educacional oferecido pelo poder público. Se o governo quer ajudar os alunos de escola pública que ele crie outros mecanismos, por exemplo, mais vagas nas federais. portanto pablo, entendo que você foi muito mal e preconceituoso quando falou dos alunos de escola particular. Você pensou em agradar uma platéia que representa grande parte da população, sem analisar ou demonstrar conhecer a realidade de que estuda numa escola particular. o pessoal da marcha do todinho está lutando por algo que está sendo tirado deles e para qual eles vem se preparando há anos. você não conhece o sacrifício que muitos estão fazendo para pagar escolas particulares e conseguirem entrar na universidade. Muitos, eu te afirmo, não terão condições de pagar uma universidade particular. Na visão dos defensores das cotas quem paga escola particular é rico e isso é um grande equívoco. por fim, caro pablo, eu te afirmo: não é crime ter o que o comer e em casa! não há mal nenhum ter todinho na geladeira! acho que tudo isso é um direito do cidadão. Outra coisa, os alunos de escola pública, bem assim, os alunos de escola particular não são culpados da crise na educação do país. O grande culpado é o poder público. Na verdade todos os alunos deveriam ir para a rua protestar contra o governo, que está conseguindo tirar o foco de sua incompetência e jogando alunos dos dois setores uns contra os outros. acho que os alunos das escolas particulares devem continuar lutando pelos seus ideais, pois é um direito que eles têm. As universidades federais pertence ao povo brasileiro e não a uma determinada classe social. Muitos estão sacrificando noites de sono, finais de semana e feriados sobre livros. Muitos reconhecem o sacrifício dos pais para pagar suas escolas. Muitos reconhecem a inércia do poder público. Os alunos de escola pública merecem um ensino fundamental e médio melhor, e ninguém discute isso. Concordo – sim educação – não cota. Foi mal pablo cossa. .

  • 24.08.2012 11:07 Ary Carvalho Jr.

    Fiz o 1º grau e o 2º grau, hoje ensino fundamental e médio, na rede pública, numa época em que o ensino administrado pelo poder público, como hoje, já não era prioridade. Cresci na periferia de goiânia, num bairro sem asfalto, sem água e esgoto. Andava muito para chegar à escola e durante todo o período de aula ficava sem lanchar, pois tanto eu quanto a escola não possuíamos dinheiro para a aquisição. Permanecer longos períodos sem me alimentar era costume, pois em casa também faltava comida. quando terminei o ensino médio, na rede pública, prestei vestibular para o curso de engenharia elétrica na ufg e não consegui passar nem na primeira fase do vestibular. Recorri a uma escola particular e fui contemplado com uma bolsa. Naquele ano estudei muito. Foram várias noites sem dormir, muitos finais de semana e feriados debruçado sobre os livros. Ao término daquele ano consegui ser aprovado para engenharia elétrica na ufg. Basicamente tudo que aprendi foi no cursinho. A base da escola pública era muito ruim. na ufg encontrei muita gente da classe média, pessoas ricas e muita gente pobre como eu. Percebi que era um espaço democrático e não elitizado como sempre se comentava. Estavam ali os que mais estudaram. E lá estavam pois, ao contrário do que acontece com ensino público fundamental e médio, o ensino superior público era e é o melhor do país. Portanto nada mais normal que as pessoas preparadas buscassem, e hoje buscarem, o que há de melhor. andei muito de ônibus, comi no ru, usei muito livro mofado da biblioteca. Convivi com muita gente boa e de todos os níveis sociais. Após terminar o curso de engenharia elétrica, consegui, mesmo já estando trabalhando, e estudando muito, passar para medicina na ufg. hoje tenho uma vida tranqüila e acho que mereço, pois lutei muito. Ganho o suficiente para dar aos meus filhos um bom lar, boa escola, bom plano de saúde, segurança e transporte. Tudo isso, claro, sem grandes isenções quando do acerto com leão no final do ano. com o que ganho, não deixarei herança material para os meus filhos. O que pretendo deixar a eles é uma boa formação e, espero com isso, que eles estudem em boas universidades e façam bons cursos. do exposto, é muito difícil aceitar, sem ficar indignado, uma opinião como a do pablo. Com um discurso politicamente correto, modismo atual, visando agradar os seus leitores, ele divide a população brasileira, equivocadamente, em ricos e pobres. Ele passa a visão de que os ricos seriam os vilões do país e que, sem mérito e muito dinheiro, tiram a oportunidade dos pobres. pois bem nobre jornalista, o país tem enfiado no meio desses extremos uma classe chamada média. Classe que você talvez pertença, e que rala muito, e como eu ganha o suficiente para uma familiar digna. Essa classe média sempre paga pelos prejuízos causados pelo poder público, e que entre corrupção e desmandos coloca políticos para administrar o país. Por exemplo, além de mensalão, operação monte carlo, já tivemos o josé serra comandando a saúde e agora mercadante que é economista no comandando da educação. não queria de forma nenhuma investir o meu dinheiro, ganhado com muito trabalho honesto, em escola particular, plano de saúde, seguro e outras coisas. Mas o que o poder público oferece é muito pouco e de qualidade ruim. A lei das cotas é o reconhecimento da ineficiência do ensino fundamental e público oferecido pelo governo. entendo que devemos ter políticas afirmativas sim. Observe que em momento nenhum falei mal dos alunos de escola pública. Mas não acho correto limitar as condições de acesso, à universidade pública, aos alunos de escola particulares, como se os mesmos fossem os culpados do malogro educacional oferecido pelo poder público. Se o governo quer ajudar os alunos de escola pública que ele crie outros mecanismos, por exemplo, mais vagas nas federais. portanto pablo, entendo que você foi muito mal e preconceituoso quando falou dos alunos de escola particular. Você pensou em agradar uma platéia que representa grande parte da população, sem analisar ou demonstrar conhecer a realidade de que estuda numa escola particular. o pessoal da marcha do todinho está lutando por algo que está sendo tirado deles e para qual eles vem se preparando há anos. você não conhece o sacrifício que muitos estão fazendo para pagar escolas particulares e conseguirem entrar na universidade. Muitos, eu te afirmo, não terão condições de pagar uma universidade particular. Na visão dos defensores das cotas quem paga escola particular é rico e isso é um grande equívoco. por fim, caro pablo, eu te afirmo: não é crime ter o que o comer e em casa! não há mal nenhum ter todinho na geladeira! acho que tudo isso é um direito do cidadão. Outra coisa, os alunos de escola pública, bem assim, os alunos de escola particular não são culpados da crise na educação do país. O grande culpado é o poder público. Na verdade todos os alunos deveriam ir para a rua protestar contra o governo, que está conseguindo tirar o foco de sua incompetência e jogando alunos dos dois setores uns contra os outros. acho que os alunos das escolas particulares devem continuar lutando pelos seus ideais, pois é um direito que eles têm. As universidades federais pertence ao povo brasileiro e não a uma determinada classe social. Muitos estão sacrificando noites de sono, finais de semana e feriados sobre livros. Muitos reconhecem o sacrifício dos pais para pagar suas escolas. Muitos reconhecem a inércia do poder público. Os alunos de escola pública merecem um ensino fundamental e médio melhor, e ninguém discute isso. Concordo – sim educação – não cota. Foi mal pablo cossa. .

  • 24.08.2012 09:05 Lucas

    O "jornalista" em questão mostra o quão desqualificado é na profissão que exerce ao produzir a matéria preconceituosa e desrespeitosa que aqui se apresenta. É claro que quando uma pessoa ao posicionar sua ideologia, pensamento, opinião,vendo-se sem argumentos contundentes para convencer a outros de seu ponto de vista, desqualifica e desrespeita aqueles que não seguem o que lhe convém. Nesse tortuoso caminho, a discussão escama para assuntos pessoais e abre caminho para aqueles que, tendo se sentido ofendido, concedam resposta a tal atitude. Coloco-me, pois,nesse papel. inicio pela frase "é interessante notar que enquanto não existia a proposta de ampliação das cotas, a melhoria da educação pública nunca esteve nas prioridades dessa galera. De onde surgiu esse ímpeto cidadão no coração do setor bueno? deixo com você a resposta ". A pergunta que surge é:como você sabe que não havia preocupação por parte dos alunos de escola particular com a melhoria da educação pública?de fato creio que essa foi a primeira manifestação a esse respeito, mas daí dizer que não havia preocupação por parte desse grupo com a educação pública é um equivoco muito grande. A começar porque esse é um direito de todos e nós assim como o senhor damos nossa contribuição e para tanto devemos ser restituidos. A segunda pergunta que se faz é:porque a manifestação teria de partir dos alunos de escola particular, se esses despõem de educação de qualidade?mas não, aqueles que são os mais afetados,os de escola pública, nunca se pronunciaram e deles não faço julgo pois, não tendo sido dotados de uma boa educação têm a sua noção de cidadania prejudicada. "e eles são tão desabituados com qualquer tipo de mobilização que fizeram tudo errado. Escolheram o lugar errado e o dia errado. Por que no bosque dos buritis? deve ser para pegar a sombrinha do parque e beber uma água de coco no trajeto, igual eles fazem quando passeiam com seus cachorrinhos no vaca brava. Por que domingo?", a maioria daqueles que lá estavam estudam muito para conseguir o acesso em universidades públicas(eles não têm privilégios, conseguem pelo próprio esforço). Os colégios do bueno como você intitula, têm em geral aulas aos sábados de manhã e prova a tarde, durante a semana seguem um rigoroso cronograma de estudo. destarde, quando for emitir sua opinião tenha mais cuidado e respeito ao publicá-las.

  • 24.08.2012 02:20 Ary Júnior

    Fiz o 1º grau e o 2º grau, hoje ensino fundamental e médio, na rede pública, numa época em que o ensino administrado pelo poder público, como hoje, já não era prioridade. Cresci na periferia de Goiânia, num bairro sem asfalto, sem água e esgoto. Andava muito para chegar à escola e durante todo o período de aula ficava sem lanchar, pois tanto eu quanto a escola não possuíamos dinheiro para a aquisição. Permanecer longos períodos sem me alimentar era costume, pois em casa também faltava comida. Quando terminei o ensino médio, na rede pública, prestei vestibular para o curso de engenharia elétrica na UFG e não consegui passar nem na primeira fase do vestibular. Recorri a uma escola particular e fui contemplado com uma bolsa. Naquele ano estudei muito. Foram várias noites sem dormir, muitos finais de semana e feriados debruçado sobre os livros. Ao término daquele ano consegui ser aprovado para engenharia elétrica na UFG. Basicamente tudo que aprendi foi no cursinho. A base da escola pública era muito ruim. Na UFG encontrei muita gente da classe média, pessoas ricas e muita gente pobre como eu. Percebi que era um espaço democrático e não elitizado como sempre se comentava. Estavam ali os que mais estudaram. E lá estavam pois, ao contrário do que acontece com ensino público fundamental e médio, o ensino superior público era e é o melhor do país. Portanto nada mais normal que as pessoas preparadas buscassem, e hoje buscarem, o que há de melhor. Andei muito de ônibus, comi no RU, usei muito livro mofado da biblioteca. Convivi com muita gente boa e de todos os níveis sociais. Após terminar o curso de engenharia elétrica, consegui, mesmo já estando trabalhando, e estudando muito, passar para medicina na UFG. Hoje tenho uma vida tranqüila e acho que mereço, pois lutei muito. Ganho o suficiente para dar aos meus filhos um bom lar, boa escola, bom plano de saúde, segurança e transporte. Tudo isso, claro, sem grandes isenções quando do acerto com leão no final do ano. Com o que ganho, não deixarei herança material para os meus filhos. O que pretendo deixar a eles é uma boa formação e, espero com isso, que eles estudem em boas universidades e façam bons cursos. Do exposto, é muito difícil aceitar, sem ficar indignado, uma opinião como a do Pablo. Com um discurso politicamente correto, modismo atual, visando agradar os seus leitores, ele divide a população brasileira, equivocadamente, em ricos e pobres. Ele passa a visão de que os ricos seriam os vilões do país e que, sem mérito e muito dinheiro, tiram a oportunidade dos pobres. Pois bem nobre jornalista, o país tem enfiado no meio desses extremos uma classe chamada média. Classe que você talvez pertença, e que rala muito, e como eu ganha o suficiente para uma familiar digna. Essa classe média sempre paga pelos prejuízos causados pelo poder público, e que entre corrupção e desmandos coloca políticos para administrar o país. Por exemplo, além de mensalão, operação Monte Carlo, já tivemos o José Serra comandando a saúde e agora Mercadante que é economista no comandando da Educação. Não queria de forma nenhuma investir o meu dinheiro, ganhado com muito trabalho honesto, em escola particular, plano de saúde, seguro e outras coisas. Mas o que o poder público oferece é muito pouco e de qualidade ruim. A Lei das Cotas é o reconhecimento da ineficiência do ensino fundamental e público oferecido pelo Governo. Entendo que devemos ter políticas afirmativas sim. Observe que em momento nenhum falei mal dos alunos de escola pública. Mas não acho correto limitar as condições de acesso, à universidade pública, aos alunos de escola particulares, como se os mesmos fossem os culpados do malogro educacional oferecido pelo poder público. Se o governo quer ajudar os alunos de escola pública que ele crie outros mecanismos, por exemplo, mais vagas nas Federais. Portanto Pablo, entendo que você foi muito mal e preconceituoso quando falou dos alunos de escola particular. Você pensou em agradar uma platéia que representa grande parte da população, sem analisar ou demonstrar conhecer a realidade de que estuda numa escola particular. O pessoal da marcha do todinho está lutando por algo que está sendo tirado deles e para qual eles vem se preparando há anos. Você não conhece o sacrifício que muitos estão fazendo para pagar escolas particulares e conseguirem entrar na universidade. Muitos, eu te afirmo, não terão condições de pagar uma universidade particular. Na visão dos defensores das cotas quem paga escola particular é rico e isso é um grande equívoco. Por fim, caro Pablo, eu te afirmo: não é crime ter o que o comer e em casa! Não há mal nenhum ter todinho na geladeira! Acho que tudo isso é um direito do cidadão. Outra coisa, os alunos de escola pública, bem assim, os alunos de escola particular não são culpados da crise na educação do país. O grande culpado é o poder público. Na verdade todos os alunos deveriam ir para a rua protestar contra o governo, que está conseguindo tirar o foco de sua incompetência e jogando alunos dos dois setores uns contra os outros. Acho que os alunos das escolas particulares devem continuar lutando pelos seus ideais, pois é um direito que eles têm. As Universidades Federais pertence ao povo brasileiro e não a uma determinada classe social. Muitos estão sacrificando noites de sono, finais de semana e feriados sobre livros. Muitos reconhecem o sacrifício dos pais para pagar suas escolas. Muitos reconhecem a inércia do poder público. Os alunos de escola pública merecem um ensino fundamental e médio melhor, e ninguém discute isso. Concordo – SIM EDUCAÇÃO – NÃO COTA. Foi mal Pablo Cossa.

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