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Leonardo Razuk é jornalista / atendimento@aredacao.com.br

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A grande confusão de Danny Elfman

| 08.10.21 - 16:35 A grande confusão de Danny Elfman (Foto: Divulgação)

Leonardo Razuk

Goiânia - 
Em entrevista à revista britância Kerrang!, Danny Elfman afirmou que em apenas algumas horas, e “totalmente de brincadeira”, ele compôs a música que lhe garantiu segurança financeira eterna e mudou completamente os rumos de sua carreira musical. O tema de abertura dos Simpsons foi pensado por ele dentro do carro, voltando para casa, e abriu não só os episódios do desenho animado mais bem sucedido da história da televisão mundial como também as portas do mundo das trilhas sonoras. Por quase três décadas (os Simpsons mesmo está no ar há 33 anos), o ex-líder do Oingo Boingo deixou o rock de lado e se dedicou exclusivamente a criar temas para séries e filmes (muitos deles dirigidos por Tim Burton) como Batman, Edward Mãos de Tesoura, Men in Black, Gênio Indomável, Liga da Justiça, 50 Tons de Cinza, Homem-Aranha, Desperate Housewifes, Dumbo, Alice no País das Maravilhas e muitos outros.
 
Agora, 26 anos após o fim da banda que o havia consagrado com sucessos como Stay, Weird Science, Just Another Day, Dead Man’s Party e We Close Our Eyes, Elfman está de volta ao rock. Mas Big Mess, seu segundo disco solo, está bem distante do som alegre e colorido do Oingo Boingo ou mesmo de seu outro disco solo, So-Lo, lançado no não menos longínquo ano de 1984. Saem os metais de ska, as programações new wave e entram timbres densos, arranjos vocais angustiantes, melodias orquestrais tensas, riffs pesados e um rock industrial que lembra bandas como Nine Inch Nails, Ministry e afins.
 
E esse carinha do barulho apronta uma grande confusão, mas ela não é de uma Sessão da Tarde e sim daquelas sessões da madrugada, com filmes estranhos com enredos cheios de esquizofrenias e bizarrices. Big Mess é um “disco duplo” que nos conduz, ao longo de 18 músicas, ao estranho mundo de Jack, ou melhor, de Danny, com personagens amarelos, mas também de muitas outras cores e origens.
 
A influência do cinema é nítida em toda a obra. Numa mesma música, ele cria diferentes climas e emoções. True, por exemplo, começa com um arranjo de cordas digno de épicos do cinema, mas depois as programações e os vocais deixam tudo mais caótico, lembrando uma ficção científica recheada de suspense. Outros destaques são Everybody Loves You, Serious Ground, Devil Take Away (talvez a mais roqueira delas, que chega a lembrar algo feito pelo Queens of the Stone Age) e Happy, o primeiro “single” do disco, que nos transporta a um planeta de gatos, cachorrinhos, crianças, Netflix, snapchats, aventuras, suspense, minecraft, cereais e felicidade.
 
A fantástica fábrica de timbres, melodias, riffs e programações de Danny Elfman nos oferece muito mais do que simples chocolates. São guloseimas recheadas de surpresas e sabores para serem degustados aos poucos. Aventura, suspense, terror, fantasia, romance (?). Há de tudo nesse seriado do compositor. Então, prepare sua pipoca, aperte o play e embarque nessa eletrizante confusão.
 

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