Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Sobre o Colunista

Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

O Blog

O garçom deve ser seu melhor amigo

Tratar bem é essencial para evitar surpresas | 25.04.12 - 12:17

 

 

Não é novidade para ninguém, mas seu melhor amigo em um bar ou restaurante deve ser o garçom. Por mais óbvio que pareça, essa prática não é rotineira. Usualmente, vejo uma galera destratar aquele que vai entrar na cozinha do estabelecimento comercial e fazer o transporte do que você vai comer ou beber até sua mesa. Nesse trajeto, em tese, curto, podem acontecer coisas para lá de desagradáveis. É dar muita sopa para o azar correr tal risco.

Além de ser uma questão de educação e berço, tratar bem aquele que lhe serve deveria ser até algo preconizado por Darwin. Afinal, é questão de sobrevivência. Os mais bem adaptados tratam os garçons com extrema delicadeza. Sei de algumas histórias de restaurantes e bares de Goiânia, alguns bem famosos, que deixariam os estômagos mais sensíveis revirados. Pelo mais puro respeito à família brasileira, irei poupar dos detalhes mais escatológicos. Mas quem leu Mate-me Por Favor de Larry Legs McNeil e Gilliam McCain, livro que conta a história do punk, sabe o que é capaz de rolar na cozinha de um restaurante. E as coisas podem ser bem pesadas.

Certa vez, um grupo de amigos estava em um rodízio e alguém foi grosseiro ao tratar o garçom. Assim que o cara seguiu para a cozinha, visivelmente contrariado, outro que estava na mesa falou em alto e bom som:

- Você sabe o que ele vai falar assim que encontrar o chef lá dentro? Esfrega a piroca na pizza que o boyzinho está nervoso.

Todos caíram na risada. Mas foi um riso tenso, de quem sabe que o perigo é iminente. O risco de tal fato acontecer era real. E ninguém ali nunca saberia se isso rolaria ou não. Mas a pulga atrás da orelha foi colocada na geral. Quando a pizza chegou, a desconfiança pairou. Ou seja, o destrato inicial do cliente para com o garçom botou uma paranoia na mesa e acabou com o astral da noite.

A real é que, em grande parte das vezes, é melhor nem saber a forma como aquilo que comemos foi preparado. Se pensarmos demais, não consumimos mais nada fora de casa. Talvez, nem dentro de casa. Só iremos ingerir aquilo que foi inteiramente produzido por nós mesmos. Como isso é simplesmente impossível, a prudência manda tratar bem todos para ser poupados de sacanagens que podem ser para lá de pesadas.

Nos locais que vou com alguma frequência, faço questão de saber o nome de quem me serve, cumprimento sempre de forma cordial e tento ser o mais doce possível. A vida já é arriscada demais para nós ainda chamarmos mais perigos dos que os que já nos cercam. A prudência é fundamental. E gentileza, no final das contas, nunca é demais.


Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
  • 27.04.2012 02:19 Acaray Martins

    Concordo plenamente com você, quando diz que todo cuidado é pouco, e isto, vale resaltar, até mesmo, para as comidas que são feitas em nossas residências. O legal da matéria, a qual recomendo a todos, é que todos devem ser cordiais, ou melhor, terem respeito pelo próximo, independente se forem garçons ou que ocupem qualquer outra função. Com este exemplo, muitos vão pensar duas vezes, ao destratar qualquer que seja o funcionário. As pessoas acham que só porque têm dinheiro podem fazer o que bem quiser com os outros. Parabéns...

Sobre o Colunista

Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351