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Histórias da Copa

1934 - Copa da Itália

Uruguai se recusou a participar da disputa | 05.04.18 - 07:30 1934 - Copa da Itália Seleção da Itália foi campeã em casa (Foto: site Fifa/Bob Thomas)
Mônica Parreira

Goiânia - Em sua segunda edição, a Copa do Mundo novamente teve como vencedor o anfitrião. Coincidências à parte, a Itália vivia um período ditatorial, chefiada pelo fascista Benito Mussolini, que investiu em sediar o torneio. Em 1932, dois anos antes da realização da Copa, o país recebeu a confirmação oficial e começou os preparativos.
 
Em termos de estrutura, a Itália superou o Uruguai - que sediou a primeira edição com apenas uma sede - e ampliou o número de cidades participantes: Roma, Florença, Gênova, Bolonha e Milão, além de Turim, Nápoles e Trieste, que contaram com construção de estádios novos. 
 
Com o sucesso da primeira edição, a Fifa precisou organizar uma inédita eliminatória. Ao todo, 32 seleções manifestaram interesse em disputar a taça, mas apenas 16 se classificaram. Até a dona da casa, a Itália, precisou disputar vaga, episódio que não voltou a se repetir, já que cada anfitrião passou a ganhar espaço automaticamente a partir de então.
 

 A Copa
O campeão Uruguai ficou fora da disputa, tornando-se a única seleção campeã da história a não defender o título na edição seguinte. A ausência da Celeste Olímpica foi uma forma de protesto contra a decisão da Itália que, em 1930, optou por não participar da competição realizada no Uruguai.
 
A Squadra Azzurra sofria pressão por todos os lados. Das arquibancadas ao líder político, o pedido era apenas um: título. E foi com garra, depois de dois meses concentrada, que a equipe iniciou a campanha rumo à taça. Venceu o jogo de estreia dos Estados Unidos por 7 a 1, depois passou pela Espanha e Áustria, até chegar à decisão contra a Tchecoslováquia.
 

(Foto: site Fifa/Bob Thomas)
 
Cerca de 50 mil espectadores acompanharam o jogo da final, no Estádio Nacional do PNF, em Roma. Foi sofrido. Perdendo por 1 a 0, somente aos 36 minutos do segundo tempo a Itália encontrou o rumo do gol para empatar a partida e levar a decisão para prorrogação. Schiavio balançou as redes e garantiu o primeiro título mundial à seleção italiana.

 Seleção brasileira
O Brasil ainda enfrentava questões políticas que atrapalhavam a montagem de um time forte. Havia, neste período, um entrave pela profissionalização do futebol no país.

Em campo, a consequência foi severa e a seleção brasileira, que tinha o time base do Botafogo, ficou em 14º lugar. 
 
Foi a pior participação do Brasil em todas as edições da Copa. A seleção foi eliminada já no jogo de estreia, ao perder para Espanha por 3 a 1. 

 Curiosidades 
- Esta foi a única edição da Copa do Mundo que o campeão anterior não defendeu o título. O Uruguai, que faturou o caneco em 1930, optou por não disputar o mundial em resposta à decisão da Itália, que se recusou a jogar a edição anterior;

- A própria seleção da Itália, que sediou a Copa do Mundo, precisou disputar vaga nas eliminatórias. A partir de 1938, a Fifa decidiu que o país-sede teria direito a uma vaga automaticamente. A norma existe até hoje;

- O italiano Giuseppe Meazza foi considerado o craque do torneio. O atleta, que desde os 20 anos já era convocado para seleção, fez sucesso também nos torneios que disputou no país. Torcedores dos rivais Milan e Internarzionale dividiam o ídolo.



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