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Haroldo Reimer

UEG 18 anos – Universidade de futuro

| 17.04.17 - 09:40
 
Goiânia - A caminho de entregar o diploma de número 100 mil, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) completou 18 anos em 16 de abril. A instituição foi criada em 1999, pela sanção da Lei n. 13.456, do governador Marconi Perillo. A nova instituição integrou 13 faculdades isoladas e uma universidade (Uniana), e, ao longo dos anos, outras unidades foram criadas e hoje a UEG possui 41 campi em 39 municípios goianos. 
 
Nesses anos, importantes momentos - como o Programa de Licenciaturas Plenas Parceladas, que garantiu a mais de 30 mil professores da rede de ensino básico formação em nível superior, uma ação pioneira no país -, se alternaram com momentos de crise institucional. 
 
A UEG chega aos 18 anos como uma universidade mais consolidada. Quase 20 mil discentes estão vinculados a algum dos 138 cursos de graduação, 58 cursos de especialização, 11 mestrados e 2 doutorados, todos gratuitos e de qualidade. De forma descentralizada, em estrutura multicâmpus, a UEG é o espaço cada vez mais qualificado para a transformação de sonhos em realidade. Uma grande equipe de docentes e servidores administrativos se coloca em movimento para ajudar a transformar a vida de milhares de pessoas. 
 
Pessoalmente me alegro por fazer parte desta comunidade e, junto com equipes gestoras competentes e proativas, liderar este processo e este momento de consolidação institucional. Ainda há muitos desafios pela frente. Para os próximos anos colocaremos foco em oito compromissos com vistas a estruturar uma universidade de futuro. Queremos avançar nos processos de qualificação das ações finalísticas - ensino, pesquisa e extensão -, buscando melhorar cada vez mais a avaliação externa da universidade. 
 
No bojo destes oito compromissos, do segundo mandato à frente da UEG, serão contempladas várias ações e metas. Uma delas é a diversificação de fontes de receita. Com um corpo docente cada vez mais qualificado, em torno de 400 doutores e pós-doutores, a UEG já conseguiu quadruplicar nos últimos quatro anos as receitas captadas junto a agências de fomento públicas e privadas. A parceria de congressistas federais com destinação de verbas para projetos da universidade tem sido maior nos últimos anos, bem como a agilidade na execução dos recursos por parte da UEG. O objetivo para os próximos anos é duplicar este montante, alcançando para além do orçamento matricial proveniente do Tesouro estadual mais recursos para investimentos em várias áreas.
 
Buscar-se-á sempre mais superar a distância entre academia e empresas, perfilando a UEG como parceiro importante em projetos de pesquisas e desenvolvimento nos diferentes espaços. Para isso, alguns passos já foram dados: criação da Gerência de Convênios com Comitê de Captação de Recursos; criação da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (AITT); fortalecimento do Programa de Incubação de Empresas (Proin-UEG) e do Núcleo de Empresas Juniores (NEJ-UEG); criação do Programa de Incubação de Cooperativas Solidárias (Pro-Sol). 
 
Num horizonte breve, as várias ações terão infraestrutura própria, performando ecossistema de inovação dentro do Programa InovaCampus. São iniciativas que estão em sintonia com o Programa InovaGoiás e o Programa Goiás Mais Competitivo e Inovador, do governo estadual, configurando a UEG cada vez mais como importante ferramenta da administração estadual para promoção do desenvolvimento regional, com tecnologia e inovação. 
 
São grandes os avanços na pesquisa e pós-graduação nos últimos anos. A UEG obteve a aprovação de nove novos mestrados e dois doutorados. Dos 246 municípios goianos, somente nove têm a honra de abrigar um curso de mestrado ou doutorado. Em cinco destes municípios, a UEG foi pioneira e ofertante exclusiva de mestrado ou doutorado, sendo instituição importante na interiorização da pós-graduação stricto sensu. Os quase 2 mil alunos dos 58 cursos de especialização (pós-graduação Lato Sensu) têm novas possibilidades de formação continuada, conferindo mais densidade à formação de pessoal de alto nível em todas as regiões de Goiás. 
 
Uma universidade se fortalece com parcerias, e a UEG tem avançado neste sentido nos últimos anos. Convênios com várias instituições, a começar com as outras universidades e institutos públicos, e com órgãos do governo, tais como a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Planejamento, aqui com a exitosa oferta do curso de Gestão Pública. Também nos vinculamos com a Agrodefesa e a Emater, a nova agência de inovação rural. Com o Sebrae já foram realizadas várias atividades em conjunto, com destaque para o circuito e a disciplina de empreendedorismo. A Fapeg – Fundação de Amparo a Pesquisa – é instituição âncora em várias parcerias, também no cenário internacional. Junto com a Seduce procuramos trabalhar projetos conjuntos para fortalecer a educação básica pública estadual.
 
A UEG manterá o seu compromisso histórico com a formação qualificada de professores. Porém isso será feito com ajustes na oferta, visando à otimização de recursos humanos e laboratoriais, com cada vez maior perfil acadêmico dos campi por área de conhecimento. Um trabalho de redesenho institucional em andamento se pauta por um conjunto de indicadores em sintonia com a efetiva dinâmica econômica e social das várias microrregiões do Estado de Goiás. Nesta reorganização, algumas demandas qualificadas e represadas há vários anos devem se tornar realidade como a esperada aprovação dos cursos de Medicina e de Direito. A recente abertura do curso de Medicina Veterinária, aliado a investimentos em laboratórios de ponta, resultou numa das maiores demandas na relação candidato/vaga na área no país. 
 
O momento é de satisfação pelas conquistas alcançadas. A UEG deixou de ser problema e se tornou um cartão de visitas. A realidade das universidades públicas brasileiras, contudo, mostra um cenário preocupante, ensejando vigilância, sobriedade e inovação na busca por soluções de financiamento de médio e longo prazo. Com vários ajustes, a UEG conseguiu passar os dois anos de maior recessão econômica mantendo todos os seus programas em funcionamento. Na retomada do crescimento projetado para os próximos anos far-se-á toda a gestão necessária, visando aumentar o orçamento oriundo do tesouro estadual, em conformidade com a envergadura das ações realizadas por esta universidade pública para o desenvolvimento do Estado. Goiás na frente precisa de uma universidade estadual consolidada, forte, com financiamento assegurado, para realizar cada vez com mais qualidade e efetividade suas tarefas de oferta de ensino superior público, gratuito e de qualidade. Assim, a UEG será Universidade de futuro. 
 

*Haroldo Reimer é professor e reitor da Universidade Estadual de Goiás
 

Comentários

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  • 18.04.2017 00:18 Itami Campos

    Parabéns. Bom o texto

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