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Cristiano Simões

Intercâmbio para fugir da crise

| 15.10.16 - 11:38
Esse último ano ficou marcado com um dos mais severos para a economia brasileira. Vivenciamos um período conturbado, de muitas incertezas, e agora, mesmo que o pior já pareça ter passado, ainda encaramos as consequências da crise. Dos diversos segmentos da economia, o de intercâmbio e educação internacional foi um dos menos afetados pela recessão. Enquanto o segmento teve uma retração de apenas 5%, o setor de produção industrial recuou 8%, o de turismo de lazer para destinos internacionais caiu 19% e o de importações teve queda de 25%. Mas porque o intercâmbio não foi tão afetado pela crise, como os demais?
 
Mesmo neste momento de instabilidade econômica, que ainda insiste em perdurar, os brasileiros têm enxergado o intercâmbio no exterior como uma forma de se diferenciar no mercado de trabalho. E para isso, não têm medido esforços. Seja através de uma poupança programada ou da venda de um bem valorizado – o carro, por exemplo –, os intercambistas encontram meios de financiar a especialização no exterior. O intercâmbio deixou de ser visto como um “gasto” para ser encarado como um investimento pessoal, um plano de carreira. E é isso que ajuda a explicar os resultados alcançados pelo setor.
 
A velha ideia do intercâmbio direcionado apenas para os jovens de ensino médio, interessados em estudar uma língua estrangeira antes de decidir que rumo tomar na vida, está cedendo espaço para o intercâmbio direcionado para um público mais maduro, que não busca apenas aprimorar a fluência em uma nova língua, mas sim crescer profissionalmente, aumentando as chances de conseguir o “emprego dos sonhos” na área de atuação e, consequentemente, uma vida mais tranquila.
 
Segundo uma pesquisa da BELTA, associação brasileira que reúne as principais agências atuantes no segmento, dos tipos de intercâmbio que os futuros estudantes disseram desejar fazer, os seis primeiros estão relacionados à carreira. São eles: curso de idioma com trabalho temporário, curso de idioma, pós-graduação, graduação e curso profissionalizante. Fica cada vez mais claro que o investimento na formação internacional é a principal válvula de escape para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente.  
 
No dia a dia da agência, as frases que mais ouvimos dos clientes são “investir na minha formação acadêmica”, “aumentar minha rede contatos”, “passar por uma experiência fora do país e abrir meus horizontes”, e isso não é em vão. Para enfrentarmos a crise - e superá-la -, é preciso preparo. Pra isso, nada melhor do que um intercâmbio para nos tornarmos diferentes aos olhos do mercado.    
 


*Cristiano Simões é empresário sócio-diretor da S7 Study
 

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