Ainda não me tornei mãe e apesar de não estar em meus planos para os tempos mais próximos, confesso que o meu instinto materno é forte. Trabalho há algum tempo com a fotografia documental de família e ela me apresentou a maternidade sob um outro aspecto: o do amor materializado da forma mais pura e concreta que eu jamais havia visto.
Com o decorrer do tempo em que fui desenvolvendo esse tipo de trabalho, comecei a notar que cada família possui seus costumes, suas rotinas e seu jeito único de amar. Compreendi que todos os membros de uma família estão sempre em constante transformação e que a única coisa que permanece intocável é o amor. E mais: entre tantas famílias tão diferentes, percebo que o amor de mãe possui a mesma essência contínua e perene.
Poder acompanhar o dia a dia dessas famílias, consolidadas ou mesmo recém-formadas, tem me dado a oportunidade de presenciar uma das coisas mais puras que há em uma relação humana: esse laço que envolve mãe e filho.
Fotografar atitudes singelas e comuns do cotidiano de uma família se tornou um verdadeiro propósito. E é recompensador entregar para a família imagens contendo os seus momentos de mais puro amor e que muitas vezes passam desapercebidos.
A fotografia é capaz de materializar o laço que une o núcleo familiar e, muito mais do que isso, ela é capaz de eternizar os momentos de conexão entre mãe e filho.
Um dia me disseram que ser mãe é compreender a plenitude do amor. Ainda não cheguei lá, mas me sinto uma pessoa de sorte por poder assistir de perto a essas relações envolvendo sentimento tão pleno.
Quando você se torna mãe é o momento em que recebe o dom de amar incondicionalmente
e esse amor merece ser comemorado todos os dias. Feliz dia das mães!
*Ivana Andrade é fotógrafa documental de família
