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01.05.2016 19:26 Luiz de Aquino Alves Neto
Devo esclarecer - já escrevi e falei, em palestras, incontáveis vezes sobre isso - que o J. é uma partícula acrescentada ao nome JOSÉ VEIGA (este é o nome real e oficial do escritor) por sugestão de Guimarães Rosa, sim, mas o sobrenome da mãe nunca esteve no nome de José. Destaco mais ainda que José J. Veiga tinha na pessoa do mestre e doutor em Literatura José Fernandes o crítico de sua preferência, atribuindo-lhe o mérito de ter melhor compreendido sua obra. José J. Veiga não gostava que grafassem J. J. Veiga e da mesma forma rejeitava a palavra Jacinto como parte de seu nome, pois nunca o teve em seus registros, em seus documentos. Antes de morrer, José recomendou à esposa, a Sra. Clérida, também falecida, que me confiasse seu acervo literário para ser trazido para Goiás, pois não gostaria de ser esquecido. Por oito anos perambulei por repartições e universidade, além das comunidades de Corumbá e Pirenópolis para instalar condignamente esse acerto. Colecionei "portas na cara" ao longo desse tempo, até oferecer os livros e objetos pessoais, além de parte de seu mobiliário, ao SESC, recebendo excelente acolhida pelos dirigentes da instituição em Goiás - José Evaristo e Giuglio Cysneiros. Nesse empenho, contei com as colaborações de Dênia Diniz (de BH) e da poetisa Sônia Maria Santos, que intermediou meu contato inicial com a cúpula do SESC. Agradeço o espaço oferecido ao nosso escritor mais conhecido fora dos limites goianos e ao governador Marconi Perillo pelo texto acima. Aproveito a ocasião para recomendar a leitura de minha crônica publicada no DM de domingo passado, 24/4 (e também no meu blog), na qual lamento a retirada das placas da Rodovia GO-225 (Corumbá-Pirenópolis), que leva o nome do Escritor José J. Veiga. Há seis anos insisto com a AGETOP para repor as placas removidas, mas o sr. Jayme Rincon mostra-se insensível.