-
02.05.2012 02:26 Jorge Augusto
É por causa deste tão sonhado Estado Democrático de Direito que esse país está atolado em corrupção e violência até o pescoço!
-
29.04.2012 06:43 Ângela Santos Coelho Silva
Perfeito, todos deveriam ler! Parabéns Rogério Lucas!
-
29.04.2012 03:51 Hélio Doyle
Cáda crime tem suas circunstâncias e seus culpados. Cada julgamento é específico, na justiça não há julgamento pelo conjunto da obra, mas por fatos determinados e individualizados. Na política é diferente, não há tanta preocupação com as provas e sua legitimidade, nem com filigranas e chicanas que substituem a essência pelo acessório. A diferença é que no julgamento pelos tribunais os acusados podem ser presos, perder direitos e ter de ressarcir o Estado. Nos julgamentos políticos, podem perder mandatos eletivos e empregos, mas de modo geral o mal maior é a imagem negativa que fica após o processo. Antes mesmo dos julgamentos jurídicos e políticos, a CPI do Cachoeira já provoca situações nada confortáveis para vários personagens. O julgamento informal, pela chamada opinião pública, já começou. Entre os suspeitos de, no mínimo, malfeitos, já estão empresários, executivos, parlamentares, governadores, juízes, procuradores, assessores, policiais e jornalistas, entre outros. A lista é muito grande, mas nem todos serão processados e julgados, ou por serem mesmo inocentes ou por serem poderosos demais. A CPI vai julgá-los politicamente, nos limites de uma investigação parlamentar ditada por conveniências políticas e pela correlação de forças no Congresso. A Justiça vai julgá-los sabe lá quando, se é que vai, dependendo também de interesses do Ministério Público e da disposição de juízes. As consequências da operação da Polícia Federal que tem seu centro no empresário Carlos Cachoeira, dono de negócios lícitos e ilícitos, são os temas do momento. Mas o que a opinião pública está conhecendo a respeito do submundo em que transitam empresários, políticos, juízes, policiais e jornalistas, entre outros, é apenas uma pequena parte do que realmente acontece. Ou melhor, uma amostragem. Cachoeira não é o único empresário dono de negócios ilegais, nem que tem políticos e juízes nas mãos. A Delta não é a única empresa que ganha contratos e cresceu à custa da corrupção de homens públicos. Demóstenes Torres não é o único congressista que faz lobby para empresários e recebe dinheiro deles. Gilmar Mendes não é o único juiz cujas decisões em benefício de empresários são consideradas suspeitas. Roberto Gurgel não é o único procurador que engaveta investigações. Sérgio Cabral não é o único governador que confraterniza –ridiculamente, diga-se --com empresários que seu estado contrata em situações duvidosas. O Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, não é o único em que chegam envelopes recheados de dólares ou reais. Policarpo Júnior não é o único jornalista que circula em meio a criminosos e a Veja não é o único veículo que subordina a ética do jornalismo a seus interesses político-ideológicos e empresariais –embora seja o que há de mais aperfeiçoado nesse sentido. O fato de serem os fatos e personagens apenas uma amostra do que acontece no país não isenta ninguém da culpa, se comprovada. O desvendamento desta amplíssima rede de corrupção é positivo para o Brasil e tem mesmo a função pedagógica de mostrar aos brasileiros como funciona o mundo real que nem sempre aparece na imprensa. As pessoas estão, aos poucos, tomando consciência de que as coisas não são como parecem ser, que o que vemos a olho nu é apenas a ponta do iceberg. A opinião pública já está julgando, mas nem todo aparente culpado é culpado e nem todo aparente inocente é inocente. O ideal é que tivéssemos instituições políticas e judiciais que fizessem o julgamento com imparcialidade, seriedade e livres de pressões –inclusive da opinião pública --, não tão rapidamente que leve a injustiças nem tão lentamente que leve à impunidade. Infelizmente, não temos. Olhando para trás, vemos isso com clareza: quantos culpados sem punição, quantos inocentes condenados apenas pela opinião pública. E a corrução seguindo impávida.
-
28.04.2012 05:58 Caio
Apenas alguns pequenos reparos: os políticos não estão sob suspeita pelo "crime de ser mencionado, citado ou ter dialogado com o empresário Carlinhos Cachoeira, mas pelas características peculiares das referências e dos diálogos travados. E tudo a partir do envolvimento não admitido do notável Demostenes Fogão e Geladeira que aparentemente mentiugoslavo muito ao Brasil e ainda recebeu do generoso professor alguns milhões de reais. Não fora a divulgação dos grampos por alguém possivelmente indignado com o Engavetador Geral da República e Demostenes Cachoeira continuaria representando seu tosco papel de moralista indignado,assim como alguns jornalistas remunerados há décadas pelos governos produzem autênticos libelos para seus patrões assinaram sob a camuflagem de artigos de opinião. Resta acrescentar que os mesmos que hoje condenam a possível manipulação das redes sociais já se valeram, e muito, da invisibilidade possível nesses meios para fazer propaganda disfarçada dos políticos hoje questionados. Alguns desses escribas de aluguel se dispuseram a assumir a identidade de seus chefes doando até o cérebro aos seus provedores para melhor enganar os eleitores! Imagino que o articulista não se prestaria a esse papel. Mas o que tem de assessores de imprensa praticando a arte do "faz-de-conta que sou eu" em todas as mídias é algo a ser observado com atenção. Mas nessas bandas trapaça é virtude e mentira é talento!
-
27.04.2012 11:07 ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA
Realmente, o Marculino Perigo é uma pobre vítima ... Temos que salvá-lo !
-
26.04.2012 02:27 Adriene Gomide
Muito bom o seu texto Lucas e tbém bem definido.... Bolcheviques subjugavam os “inimigos do proletariado” e os fuzilavam em praça pública como exemplação. Abração!!!!!
-
26.04.2012 12:25 Ester Carvalho
Rogério, brilhante análise. Com profundo respeito à categoria jornalística, sinto um descompasso e um "desserviço à sociedade" a derramada de informações em pérfidas doses homeopáticas, acusando a esmo, sem qualquer observância ao contraditório e à ampla defesa. Atropelaram os princípios da plena cidadania e do estado democrático de direito. Resisti muito até entrar nas mídias sociais e hoje começo a me arrepender profundamente, depois de minha adesão abnegada ao Facebook, pois há ondas de informações fictícias, truncadas, mentirosas, manipulações de opiniões, induções, etc. Parabéns pelo artigo!!!
-
26.04.2012 12:48 Wellington Rezende
Quero ver se você tem coragem de falar mal dos partidos corrptos da presidenta e do tucanos
-
26.04.2012 12:47 erivelton peixoto
Teve um cara lá na padaria da minha rua que disse que vendeu um pãozinho pra um cara dessa quadrilha. Tem que tacar fogo na casa dele.
-
26.04.2012 12:45 Cirineu Gomes
ë devido a articulistas deste nível que eu sou leitor do A Redação.
-
24.04.2012 04:57 Ana Paula Castro
O pior das redes são as patrulhas, sempre prontas a esculhambar qualquer um que tenha uma idéia autentica. Quem sai da mesmice é esculhambado como bandido. Ser comum é o único modode vida aceitável pelos nazistas do pensamento.
-
24.04.2012 04:54 Reginaldo
Direita e esquerda são conceitos ultrapassados e não existem mais em osso mundo de economia de mercado. Nas redes sociais perde-se muito tempo discutindo teses que nada têm a ver com a vida real.
-
24.04.2012 04:51 Aldo van Weezel
Valeu a pena esperar para ler esta obra prima. Teu texo não vale só pra Goiás. É pertinente para todo o mundo. Continue escrevendo, por favor.
-
24.04.2012 10:28 Carlos Henrique Lucas
Muito bem pontuado! Como sempre contextualizando o cenário como ninguém! Abraçoo
-
24.04.2012 10:25 Karine
Nossa, menino, que adivinhão!QUEREMOS MESMO VÊ-LO QUEIMAR EM PRAÇA PÚBLICA. Não literalmente, claro. Ele perdendo o cargo já nos fará feliz.