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Germana Pimentel Stefani

Você sabe o que é dermatite atópica?

| 27.04.18 - 20:18

Goiânia - Sabe aquela menina que tem a pele ressecada, manchada e que vive se coçando nas dobras dos braços e joelhos? Sabe aquele bebê do vizinho que mesmo tão novinho tem as bochechas e couro cabeludo tomados por feridas vermelhas que descamam? E aquele colega que tem braços cheios de bolinhas e o aspecto de sempre arrepiado? Todos podem ter como causa desse incômodo uma doença chamada dermatite atópica.
 
Até o dia 28 de abril comemoramos a Semana Mundial de Alergia, promovida pela Organização Mundial de Alergia e apoiada pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. O tema deste ano é “Dermatite Atópica: uma coceira que causa erupções na pele”. Esta é uma doença inflamatória, não contagiosa, mais frequente na infância e que tem como principais características a pele seca que coça e por vezes fica ferida, lesionada. Tem origem genética e está especialmente relacionada a antecedentes familiares de outras doenças atópicas como asma e rinite. Pode, ainda, sofrer interferência de fatores do meio ambiente, como alimentos, ácaros, perfumes, suor, calor. Apesar de não a causarem diretamente, aspectos emocionais podem agravar a dermatite.
 
No Brasil, mais de 2 milhões de casos são diagnosticados anualmente. Em Goiás, o clima muito seco que favorece o ressecamento da pele, associado ao suor devido ao calor intenso, contribuem para o desencadeamento de crises. As lesões podem incomodar bastante, com coceira intensa, vermelhidão e lesões que duram muito tempo, intercalando períodos de piora e melhora. Podem ocorrer ainda infecções secundárias por bactérias, vírus e fungos. A dermatite atópica pode interferir de forma importante na qualidade de vida do paciente, já que muitas vezes prejudica o sono e o rendimento na escola e no trabalho. 
 
Para o diagnóstico, uma boa consulta médica é fundamental. Para seu controle, mudanças de hábito são essenciais: banhos curtos e com água morna a fria, uso de cosméticos hipoalergênicos, hidratação intensiva e diária da pele, uso de tecidos naturais, redução do contato com possíveis alérgenos desencadeantes de crises. Além disso, existem várias medicações disponíveis, que visam controlar os sintomas e a inflamação crônica. O tratamento varia conforme a idade do paciente e o tipo e intensidade das lesões - portanto, para ser cuidado de forma individualizada, não hesite em procurar um médico capacitado.
 
Germana Pimentel Stefani é Alergista e imunologista pela ASBAI/AMB

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